Julgamento

O surfe é um ecoesporte aquático radical individual sobre prancha, e é isso que o faz mágico e único. A arte de surfar é algo tão pessoal que definir regras não é missão fácil. De qualquer forma, temos um critério de julgamento, relativamente simples, e que, certamente, retrata o que queremos. É mais ou menos assim: o surfista deve executar manobras radicais e controladas na parte crítica da onda, com velocidade, força e fluidez. O surfe inovador e progressivo, assim como a variedade no repertório de manobras, serão levados em conta. O surfista que executar este critério com o maior grau de dificuldade e comprometimento deverá receber as maiores pontuações.

É isso aí mesmo! Se fosse em uma piscina de ondas, onde todas fossem iguais e quebrassem no mesmo lugar, seria fácil, mas, no oceano das incertezas, a coisa fica pra lá de subjetiva. Os surfistas podem surfar de 10 a 15 ondas, sendo que são somadas as duas melhores.

Moral da história: se não vier onda para um determinado surfista ele perde, se vierem as melhores, geralmente ganha. Por esta razão, nem sempre o melhor vence, mas aquele que encontra as ondas que lhe permitam preencher o critério.

Portanto, o campeão geralmente é o melhor competidor, o mais inteligente e até o mais “conectado”. Tenho por experiência que quando o conjunto surfista-prancha-onda impressiona a quem assiste, a nota vem alta, e é isso que veremos na Vila.

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