| 22/06/2009 14h30min
Foto: Diego Vara
O Grêmio trocou Celso Roth por Paulo Autuori, no que fez muito bem. Depois, operou a troca do esquema, do 3-5-2 para o 4-4-2, entregando a Souza e Tcheco os cargos de armadores clássicos. Falta pouco para o jogo de quarta-feira contra o Cruzeiro, no Mineirão, início da luta por uma vaga na final da Libertadores. Mas é fato: o time ainda não está jogando um futebol capaz de inspirar confiança no torcedor. Basta ir ao Olímpico, comer um cachorro-quente ali abaixo das tribunas de honra ou sentar-se à mesa de um bar com a TV ligada no jogo do Grêmio para perceber: o gremista não está
confiante.
Bem, pode haver uma última esperança. Quem sabe, depois do técnico e do esquema novo, a entrada de Herrera
(foto) no ataque ao lado de Maxi López não dá ao time a chamada "liga" para fazer a parte ofensiva funcionar?
Contra o Goiás, a partir da entrada de Maxi López no lugar de Jonas, na segundo tempo, os argentinos deram um choque de atitude no time. E um choque de 220 volts. Nada de 110. Falo de 120 volts. O Grêmio parecia desanimado, sem alternativas, tinha-se a impressão de que o jogo se arrastaria naquela modorra, quem sabe até o Goiás ampliasse o escore. Juntos, os argentinos modificaram o panorama da partida. Rememorando: Herrera sofreu o pênalti convertido por Theco; Maxi empatou em 2 a 2 já nos acréscimos na base da garra, de cabeça.
Em Belo Horizonte, haverá o meio-campo ideal concebido por Autuori. Túlio, Adílson, Tcheco e Souza. Os argentinos ajudam a marcar os zagueiros e se movimentam o tempo todo. O gramado do Mineirão é imenso. Os espaços vão aparecer. Para os dois lados, é verdade, mas eles aparecerão.
O
Grêmio não pode viajar a Belo Horizonte com
tanto receio assim do Cruzeiro.
Que é um grande time, mas não terá Ramires na quarta-feira. Trata-se de um desfalque descomunal, muito maior do que o de Victor. Quem assistiu a Seleção Brasileira amassar a Itália por 3 a 0 pela Copa das Confederações sabe do que estou falando. E nos 2 a 0 do Morumbi, o São Paulo não tinha Rogério Ceni, Miranda, Jorge Wagner, Hugo e Hernanes.
Assim, apesar de toda a desconfiança do torcedor e as limitações do time, o Grêmio não está proibido de voltar vivo de Belo Horizonte.
Se Autuori mantiver Herrera ao lado de Maxi López, deixando Alex Mineiro quieto no banco de reservas, as chances de sobrevivência aumentam. Vale a tentativa. É preciso buscar o "algo mais" nesta reta final de Libertadores.
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