| 12/06/2009 17h04min
A seleção brasileira masculina de vôlei, que há um ano tinha a hegemonia mundial no esporte, começa neste fim de semana, com uma nova geração, a Liga Mundial, que pode ser o primeiro passo para retomar o posto de melhor do mundo.
Quase um ano após ter perdido a final dos Jogos Olímpicos de Pequim e ficado com a prata, a seleção de Bernardinho chega a sua primeira grande competição oficial.
Na estreia no torneio, os brasileiros terão pela frente no sábado e no domingo os poloneses, em partidas programadas para às 10h, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Venezuela e Finlândia completam o Grupo D.
O objetivo principal é voltar a se impor em uma competição que conquistou sete vezes (1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007), mas cujo título deixou escapar no ano passado, quando era o grande favorito.
A equipe não conta mais com veteranos acostumados a vencer como Anderson, Gustavo e Marcelinho, e, embora tenha mantido Giba, o
líbero Serginho e Murilo, deu mais espaço a jovens
promessas como Lucas e Thiago Barth.
A preparação começou há algumas semanas no centro de treinamentos de Saquarema.
— Se conseguirmos repetir nas partidas contra a Polônia o que fizemos nos treinos, poderemos conseguir um bom resultado. A expectativa é em relação à reação dos atletas a um ambiente novo. Um Ibirapuera lotado é uma situação nova para muitos deles — assegurou Bernardinho ao reconhecer que muitos não têm experiência em competições internacionais.
A Polônia, que chegou a São Paulo na manhã de quinta-feira, começou a treinar logo depois. E à frente da seleção polonesa está um técnico que conhece bem o vôlei brasileiro, o argentino Daniel Castellani, que integrou a seleção de seu país que foi bronze nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Castellani jogou no Brasil na década de 80 e chegou a disputar uma final da liga nacional como jogador do Bradesco, no mesmo ginásio do Ibirapuera. A Polônia também chegou ao Brasil com uma equipe
renovada e cheia de jovens jogadores.
— Nosso grupo é formado por jovens talentos, com uma força física muito grande. Agora estamos trabalhando para desenvolvê-los tecnicamente. A Polônia sempre foi muito forte no bloqueio e nosso trabalho é focado em fortalecer outros fundamentos, como a defesa e a recepção — explicou Castellani.