| 03/06/2009 06h15min
Enquanto o ataque do Inter brilha ao ponto de freqüentar o Jornal Nacional, e aí está uma boa medida de sucesso e popularidade no Brasil, um outro setor trabalha em segredo. A defesa. O argentino D'Alessandro costuma dizer que não há qualquer dúvida sobre o melhor setor do time: é mesmo a defesa, e não o ataque do qual ele, D'Alessandro, é o motor de arranque. O técnico Tite leva tão a sério os exercícios defensivos como esteio do sucesso na temporada por enquanto que instituiu um em especial nos treinos fechados do Beira-Rio.
Clique e confira como funciona a defesa do Inter:
A linha de quatro jogadores à frente do goleiro Lauro (Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber) é
obrigada a interceptar uma jogada de ataque encaminhada por seis
jogadores. O objetivo é não permitir a infiltração e a chegada à linha de fundo. Aos quatro soma-se Sandro, o primeiro volante. Assim, mesmo que perca a posse de bola no meio-campo e leve contra-ataque, a recomposição defensiva acontece logo. Num piscar de olhos, lá está a linha de quatro e mais Sandro enfileirada para o combate. Se os atacantes adversários não decidirem a jogada rapidamente, dá tempo para Magrão e Guiñazu retornarem, reforçando ainda mais o ferrolho.
No Brasileirão, o Inter só tomou um gol em quatro jogos, e ainda assim em um pênalti inexistente. Na Copa do Brasil, ainda não sofreu dois gols em uma só partida. Hoje, no Couto Pereira, se Lauro não buscar a bola na rede nenhuma vez, se as atuações defensivas anteriores se repetirem, Tite e seus treinos fechados para zagueiros e laterais estarão na final.
Não que a tal linha de quatro contra seis vá merecer as luzes no Jornal Nacional, mas a popularidade entre os jogadores é enorme. Especialmente
Taison, Nilmar (Alecsandro) e
D'Alessandro, que ficam livres para arriscar sem medo do erro. Porque a defesa colorada tem sido a garantia do brilho do ataque.
Próximo jogo:
Quarta-feira, 03/06
Coritiba x Inter, Copa do Brasil
Horário: 21h50min
Local: Couto Pereira, em Curitiba
Transmissão: RBS TV