| 27/05/2009 14h32min
O tumulto envolvendo um grupo de vândalos e os jogadores do Fluminense revoltaram o técnico Carlos Alberto Parreira. O treinador protestou contra a atitude dos torcedores. Contudo, as reclamações foram além da falta de segurança do Estádio das Laranjeiras, local de treino do clube. Para o comandante, o Tricolor não tem um campo de treinamento de qualidade. As informações são do GloboEsporte.com.
– O Fluminense fez uma queixa-crime, como já deveria ter feito há muito tempo, em ocasiões anteriores. Você não pode impunemente ser agredido, ter sua casa invadida, ser violentado e as coisas permanecerem naquele estado de sempre. Não é só pela falta de segurança, o clube chegou em um momento em que você não tem mais conforto, não pode expandir (no local de treino). Não tem uma área em que os atacantes, os goleiros, ou quem está em recuperação, possam treinar separados – salientou, em entrevista ao programa Redação Sportv.
Sobre a situação da equipe em campo - o Tricolor é 12º colocado do Brasileirão com quatro pontos -, Parreira destacou que é preciso buscar a regularidade:
– É uma fase de transição, com altos e baixos. Temos que, daqui para frente, tentar manter uma regularidade, que no Campeonato Brasileiro é muito difícil. Segundo um estudo, os campeões brasileiros, todos eles, perderam de 10 a 11 jogos. Isso prova a dificuldade e o equilíbrio da competição – salientou.
Clube reforça a segurança
Um dia depois de torcedores do Fluminense invadirem o treino e agredirem jogadores nas Laranjeiras, o elenco tricolor trabalha em clima de tranquilidade. A diretoria reforçou a segurança nos acessos ao campo, na entrada da rua Pinheiro Machado e no Bar do Fidélis.
Mas, ao contrário do que havia sido informado pelo assessor especial da presidência, Marcelo Penha, a viatura solicitada ao 2º Batalhão de Polícia Militar não estava na portaria das Laranjeiras para dar mais segurança aos sócios.
Parreira: o clube chegou em um momento em que você não tem mais conforto
Foto:
Marino Azevedo, Photocamera