| 19/05/2009 19h02min
Ex-número 1 do mundo, eleito duas vezes pela Fifa, Ronaldinho vive um momento “incômodo” da carreira, amargando a reserva no Milan. Com o sucesso de Ronaldo no Corinthians, chegou a ser especulada a transferência do meia para o futebol brasileiro – o que já foi negado pelo jogador. Em entrevista para o clicEsportes, nesta terça-feira, os jornalistas Paulo Vinícius Coelho, Márcio Marcos de Souza e Luiz Zini Pires disseram que não acreditam que uma mudança para o país seria a solução e que não acreditam que o atleta volte a atuar em alto nível.
– Não acredito (que o meia volte a ser um dos melhores do mundo). Tenho a impressão que o Ronaldinho foi um atleta de altíssimo nível durante um período curto da carreira. Ele foi extraordinário, um dos melhores da história entre 2003 e 2006 no Barcelona – disse PVC.
Para Coelho, o Fenômeno sempre conseguiu dar a volta por cima porque “as pessoas não acreditavam que ele conseguiria”. O comentarista acha que falta um incentivo desse gênero para Ronaldinho.
– Teve uma série de coisas que contribuiriam para Ronaldo Nazário nunca mais voltar a jogar em alto nível. E ele desafiou tudo isso e usou como motivação. Talvez falte isso ao Ronaldinho. Ele próprio tem a idéia de que voltará a atuar bem quando quiser. Ninguém duvida dele – opina.
Mário Marcos acredita que a reserva no Milan é um dos grandes empecilhos para Ronaldinho voltar a encantar as torcidas. Isso faz com que o jogador perca ritmo de jogo.
– Um jogador como ele precisa ser mantido no time para que escute os aplausos da torcida e assim se sinta estimulado. Ele entra aos 15 minutos finais, faz ou dá passe para gol e volta para reserva. Aí fica muito difícil. Falta ritmo – afirma Mário Marcos.
Além da falta de motivação, Zini acha que Ronaldinho deixou o profissionalismo de lado. Para o jornalista, o meia atua hoje como se fosse “um jogador aposentado”.
– O próprio Carlos Ancelotti (técnico do Milan) reclamou que o Ronaldinho não treina como os outros. Não tem o mesmo profissionalismo. Não acredito que ele possa voltar a ser o melhor do mundo, mas acho que ele possa ser um jogador interessante, capaz de brilhar em um grande clube. Para isso, precisa ter vida de atleta – comenta Zini.
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