| 07/05/2009 20h36min
Com os dois gols marcados de cabeça contra o San Martin, o centroavante Maxi López chegou a ser comparado ao maior artilheiro da história do Grêmio em Copas Libertadores. Em 1995, Jardel fez 12 gols e se tornou o principal protagonista no bicampeonato da América conquistado pelo Tricolor naquele ano. Mas, para o lendário centroavante de 35 anos, a semelhança entre os dois fica apenas na camiseta de número 16 às costas:
– Ele está fazendo gols, tem seus méritos, mas acho que eu tinha características diferentes da dele. Eu espero que o Maxi seja o artilheiro da Libertadores, ajude o Grêmio a ser campeão e faça a torcida muito feliz. Mas acho que dentro da área ninguém foi igual a mim – revela Jardel.
No lance que originou o terceiro gol do Grêmio contra os peruanos, Jonas foi ao fundo e cruzou para cabeçada fulminante do argentino Maxi López. O lance lembrou muito da época em que Paulo Nunes levantava na área e a torcida gremista já se preparava para soltar o grito de gol, pois sabia que, pelo alto, Jardel era insuperável:
– Espero que esta dupla ajude o Grêmio a ser campeão. É bom ser comparado a Jardel e Paulo Nunes, pois nós fizemos história dentro do Grêmio. Até hoje somos lembrados por tudo que fizemos aí. Espero que Jonas e Maxi López fiquem marcados também, assim como nós – disse o centroavante Jardel.
Jardel concorda que o comando firme de Luís Felipe Scolari foi um dos fatores fundamentais para a conquista do bicampeonato. No entanto, o atacante acha que o interino Marcelo Rospide vem fazendo um bom trabalho e, mesmo sem ter muita experiência, merece ser efetivado no cargo:
– Ele classificou o time em primeiro na fase classificatória, tem o grupo na mão e não vejo motivos para alterar o treinador agora. Tá mostrando isto na Libertadores – afirma o ídolo gremista.
Depois de abrir para o Brasil o drama que viveu devido ao uso de drogas, Jardel jogou a Série B do ano passado pelo Criciúma e em 2009 disputou o Campeonato Cearense pelo Ferroviário, clube onde iniciou a carreira. Sofreu muito com lesões e teve poucas chances de se firmar como titular. Agora, o jogador estuda algumas propostas para voltar ao Exterior, mas não esconde que o sonho de retornar ao Grêmio continua aceso dentro do seu coração:
– Eu fiquei triste por tudo o que fiz não ter sido reconhecido pela diretoria. Não me deram uma chance. Mas isto faz parte da vida. Mas meu pensamento de voltar ao Grêmio continua muito aceso e ainda sonho terminar a carreira aí – encerra um dos maiores centroavantes da história do Tricolor.
Jardel fez parte do histórico time montado por Felipão no Grêmio
Foto:
Paulo Frankem, banco de Dados