| 04/05/2009 12h05min
Não foi desta vez que o treinador Mauro Ovelha conseguiu conquistar o título do Catarinense. Porém, com o trabalho realizado na Chapecoense, ele é um dos técnicos que se destacaram no Estadual deste ano.
Apesar de estar na profissão apenas há seis anos, o ex-zagueiro, que foi campeão estadual, em 1985, com o time do Criciúma, já tem no seu currículo o vice-campeonato desta mesma competição, em 2004 e 2005, quando dirigia o Atlético-Ib, e o título da Copa SC e da Recopa Sul-Brasileira, pelo Marcílio Dias.
Ao entrar em campo, no domingo, Ovelha estava visivelmente nervoso. Olhou discretamente para a torcida, acenou para agradecer o apoio e seguiu adiante em direção ao banco de reservas. Antes de a partida começar, passou a mão pela cabeça diversas vezes, colocou as mãos junto à boca e fez o sinal da cruz.
Com o duelo em andamento, o técnico parecia que iria a qualquer momento calçar a chuteira e entrar em campo. Gritava palavras de incentivo e
ultrapassava a linha demarcada para os
treinadores trabalharem.
— Até pela situação que nós estávamos, não vínhamos fazendo um bom jogo. Infelizmente, não foi como nós gostaríamos — lamentou.
Com o único gol da Chapecoense, em vez de vibrar efusivamente, ele preferiu passar instruções para os jogadores. No segundo tempo e na prorrogação, Mauro Ovelha, percebendo que a sua equipe já não conseguia fazer frente ao Avaí, tentou de tudo para empatar o jogo. Tirou o meia Neném para colocar o atacante Fabinho. Entretanto, não foi o suficiente para reverter o placar.
Apesar da frustração, elogios à campanha do time
Ao final do jogo, Ovelha ficou parado, ao lado da trave defendida por Nivaldo, olhando bucolicamente para o meio-de-campo, querendo encontrar respostas para o que aconteceu.
— O Avaí sobrou. Não fizemos um bom jogo, mas mesmo assim o meu grupo está de parabéns pela campanha no campeonato — analisou.
Ovelha gritava palavras de incentivo e ultrapassava a linha demarcada durante decisão
Foto:
Flávio Neves