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A advogada de Fernandinho Beira-Mar, Cecília Machado, conseguiu conversar com o traficante no final da tarde desta sexta, dia 28, na Superintendência da Polícia Federal (PF) de Maceió (AL), para onde ele foi transferido. Segundo ela, Beira-Mar teme ser assassinado, embora considere o esquema de segurança da PF muito bom.
Por meio dela, Beira-Mar afirmou que está sendo tratado pela imprensa como bode expiatório. O traficante disse que a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, está enganada quando coloca nas costas dele toda a responsabilidade pelos crimes no Estado. Ele disse que está preso, e a violência continua.
A advogada defende que Beira-Mar retorne ao Rio de Janeiro, argumentando que ele é um preso estadual e não federal. Cecília Machado tentou durante todo o dia ver seu cliente, mas a PF só permitiu com autorização judicial. Ela conversou com o traficante por 50 minutos e afirmou que Beira-Mar está sem cavanhaque, mais magro e abatido, com saudades da família.
Beira-Mar deve ficar entre 30 a 40 dias em Alagoas, enquanto espera a inauguração da penitenciária federal de Teresina, no Piauí, para onde deverá ser transferido posteriormente. Ele está isolado em uma ala da carceragem da PF. Policiais civis e militares armados com submetralhadoras garantem a segurança da superintendência. Sessenta agentes federais de outros Estados estão sendo deslocados para ajudarem a polícia de Maceió. Um helicóptero, no telhado do prédio, reforça a vigilância sobre Beira-Mar, que tem seus passos controlados por câmeras
A transferência do traficante para Maceió aconteceu um dia antes de vencer o prazo de um mês para a permanência de Beira-Mar em São Paulo e foi um pedido pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governador de Alagoas, Ronaldo Lessa. O traficante estava desde o dia 27 de fevereiro na penitenciária de segurança máxima de Presidente Prudente (SP), quando saiu do presídio carioca de Bangu 1, após uma onda de violência que atingiu o Rio de Janeiro. Com informações da Agência Brasil.