| 22/04/2009 15h14min
O presidente da CBV, Ary Graça, lamentou, nesta quarta, a decisão do Osasco (SP) e do Brusque (SC) de acabar com as equipes femininas de vôlei, vice-campeã da Superliga e quarta colocada, respectivamente, 2008/09. No entanto, o dirigente não vê motivos para qualquer tipo de pânico em relação à sobrevivência da competição, ao desemprego das atletas e de um possível efeito dominó que possa vir a oferecer um risco ao vôlei brasileiro.
Graça anunciou, inclusive, que novos patrocinadores já estão em negociações para participar da próxima edição, como uma equipe carioca no masculino e uma equipe mineira no feminino.
– É de fato uma pena que uma equipe tradicional como o Osasco deixe de ter um time de ponta, mas só temos a agradecer a um patrocinador que participou por tantos da Superliga. A saída de um patrocinador, no entanto, é um fato que se repete há 20 anos. É natural que um parceiro entenda que encerrou um ciclo. Há tempos vem sendo assim e no final de uma temporada essa movimentação é normal – salientou.
O dirigente destacou que é preciso manter a tranquilidade:
– Não é preciso pânico, a Superliga vai continuar, outras equipes vão aparecer e as atletas com certeza serão recolocadas. Não podemos esquecer que essa última edição da competição foi disputada por 397 jogadores e, se falarmos que dois times estão encerrando suas atividades estaremos falando de 33 jogadores que terão que ser recolocados – ressaltou Ary Graça.
Para o presidente da CBV os próximos três meses serão de negociações. O Comitê de Estratégia da Superliga, composto pelos presidentes dos clubes, se reunirá e decidirá questões relacionadas à necessidade ou não de modificações no ranqueamento dos atletas, assim como todas as questões pertinentes à próxima edição da competição.
– A Superliga é uma competição independente, onde as decisões são tomadas pelos clubes. A CBV não tem poder de voto, apenas de veto e se encarrega de viabilizar tecnicamente o campeonato. Vamos comunicar ao comitê a boa novidade que a CVC já renovou o contrato para mais uma temporada e, assim como esse ano, arcará com todo o custo de passagens terrestres, aéreas e hospedagens, desonerando os clubes – destacou.
Hoje, os clubes que disputam a Superliga pagam uma taxa de inscrição de R$ 15 mil e a cada três temporadas a equipe que permanece tem um desconto de 10% desse valor, tendo equipes que, pelo número de anos de disputa, acumulam um desconto de 50%. Os clubes que de uma temporada para outra aumentam sua média de público recebem ainda uma bonificação sobre os valores das taxas de arbitragem. Dessa forma cabe aos clubes os custos da equipe, de estrutura e de organização de apoio das partidas em que têm mando de campo.