| 17/04/2009 06h10min
São números incríveis, que explicam o cacife para bancar jogadores caros e os títulos dos últimos anos. Ontem, no dia em que se esgotaram os 14 mil ingressos colocados à venda para a decisão de domingo, contra o Caxias, o Inter alcançou uma façanha inédita em sua história.
Pela primeira vez, as projeções apontam arrecadação com sócios superior ao dinheiro recebido da televisão. No ano passado, bateu na trave. As cotas alcançaram R$ 28,3 milhões, enquanto a contribuição ficou nos R$ 27 milhões. Isso em ano de Copa Sul-Americana, torneio que paga em dólar. Mas ontem esta realidade se inverteu.
No embalo do otimismo com a provável conquista de mais um Gauchão, o Inter fechou o dia com 81,4 mil sócios ou R$ 33,6 milhões por ano.
Portanto, se atingir a meta de 100 mil contribuintes até agosto, conforme a
nova e otimista previsão, o Inter vai arrecadar cerca de R$ 40 milhões por ano apenas com as mensalidades de seus apaixonados torcedores.
Para fazer o cálculo exato: tomando-se a mensalidade média de R$ 34,50 que consta nas planilhas do vice de marketing Jorge Avancini, o montante vai a R$ 41,4 milhões. Fortuna que nenhum outro clube brasileiro é capaz de arrecadar com o seu quadro social. Quer uma boa medida do que isso representa? O Inter caminha para arrecadar um Pato por ano. O que é, de fato, incrível.
O vídeo de Neymar: verdade ou montagem?
Lembra daquele vídeo em que Ronaldinho chutava várias a bola no travessão sem deixá-la cair? Aquele, que se valia justamente da dúvida sobre ser montagem ou não como arma de publicidade? Agora há outra versão no site
Youtube, desta vez com Neymar, o garoto prodígio do Santos. Clique aqui e divirta-se.
Esqueceram do zagueiro campeão da América
Sorondo é apontado como o único capaz de resolver as turbulências que acometem a zaga do Inter pelo alto. O uruguaio é soberano na bola aérea, não resta dúvida. Mas há outra solução, eficiente e esquecida. Bolívar foi campeão da Libertadores como zagueiro. Marcou gols de cabeça, passou de jogador a comum a objeto da cobiça europeia e terminou no Monaco, da França. Nos dois jogos da
final da Libertadores, contra o São Paulo, teve atuações sublimes — como zagueiro. Bastaria puxá-lo para dentro, como dizem os técnicos.
Que tal?
Club Atlético Sem Libertadores da América
Diego Simeone é o novo técnico do San Lorenzo. O ex-volante bom de bola e de carrinho no joelho assinou contrato de 15 meses para substituir Miguel Angel Russo, demitido após levar 2 a 0 do improvável San Luís, no México. De favorito no Grupo 8 da Libertadores, o San Lorenzo restou eliminado por antecipação, com quatro derrotas e uma vitória. Um fiasco monumental. É aí que entra a maldade de seus inimigos portenhos.
Na Argentina, todos os grandes já ganharam Libertadores. Menos o San Lorenzo. Assim, a sigla CASLA do distintivo e da bandeira — Club Atlético San Lorenzo de Almagro — ganhou significado novo, reforçado a cada novo fiasco, como o deste ano. Virou Clube Atlético Sem Libertadores da América. Como eu disse: veneno
portenho.
Marcelo Rospide não é a sombra de Celso Roth
É errado dizer que o Grêmio de Marcelo Rospide vai no embalo do montado por Celso Roth. São os mesmo jogadores, mas tanto no 3 a 0 sobre o Aurora, no Olímpico, quanto no 2 a 0 diante do Universidad, o time mostrou alterações táticas e conceituais. A saber:
1) Contra o Aurora não foram três zagueiros, mas três atacantes. Makelele jogou de ponteiro-direito. Leo, que não tinha a quem marcar, desempenhou com naturalidade a função de lateral.
2) Nos dois jogos, Marcelo Rospide alterou a disposição dos zagueiros. Passou Réver para a esquerda e fixou Rafael Marques na sobra. Com Celso Roth acontecia o inverso.
3) No Chile, mesmo com o confortável 2 a 0 no placar, o interino não substituiu atacante por volante ou
zagueiro, prática rotineira de Roth para segurar o resultado. A 25 minutos do segundo tempo tirou Jonas,
mas colocou Herrera. Maxi López deu lugar ao meia Orteman, mas a 42 minutos do segundo tempo, praticamente só para ganhar tempo.