| 14/04/2009 11h24min
O técnico alemão Bernd Schuster, demitido do Real Madrid em dezembro, criticou nesta terça o ex-presidente Ramón Calderón por não ter contratado nenhum dos jogadores que pediu. Segundo o treinador, em entrevista ao jornal Marca, havia dinheiro para trazer Cristiano Ronaldo, mas não jogadores como David Villa e Cesc Fábregas, que o agradavam muito.
O alemão também destacou que os técnicos não veem apenas o fator "midiático" das contratações.
– Cristiano Ronaldo não era necessário para nós. Ele sozinho não resolveria nossos problemas. Queria algo mais – destacou Schuster, reconhecendo que o Real Madrid precisa atualmente de uma estrela como as que sempre teve.
O jogador acabou permanecendo no Manchester United, mas a imprensa da capital espanhola dá como certo que o atual detentor do prêmio de Melhor Jogador do Mundo da Fifa será do Real Madrid a partir da próxima temporada. Schuster disse não saber os motivos pelos quais Villa não foi contratado e pediu que esta pergunta seja feita ao ex-jogador Pedja Mijatovic, diretor esportivo do clube. O técnico acusou Mijatovic de persegui-lo por não ser sua preferência para o cargo.
Perguntado sobre as chances de o clube ter trazido o lateral-direito Daniel Alves, hoje jogador do Barcelona, o alemão prefere não contar nada.
– Se falar, amanhã tenho de sair da cidade – afirmou.
O treinador acha que seu trabalho no clube ainda daria frutos.
– O que mais me preocupa agora é que o tempo me deu a razão, e todos dentro do Real Madrid sabem disso – comentou.
O alemão sentiu que sua saída estava próxima quando Calderón, ainda na Presidência, mostrou que não tinha força suficiente para defendê-lo diante dos outros. Schuster disse ter ficado bastante decepcionado com a demissão, e que nem Calderón ou Mijatovic lhe deram explicações sobre sua saída.
– Simplesmente me disseram que não queriam contar mais comigo no banco – afirmou.
O técnico, que substituiu o italiano Fabio Capello em 9 de julho de 2007, foi demitido em 9 de dezembro do ano passado e substituído por Juande Ramos. Sua saída foi motivada por duas derrotas consecutivas e por ter declarado que seria impossível vencer o clássico contra o Barcelona no Camp Nou, próxima partida do clube no Espanhol.
AGÊNCIA EFE