As considerações finais dos advogados de acusação e defesa no julgamento do piloto brasileiro Hélio Castroneves por evasão de divisas e sonegação de impostos foram feitas nesta quinta-feira e a expectativa é de que os 12 jurados do tribunal de Miami se pronunciem na tarde de sexta-feira.

Bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis e piloto da Penske na Fórmula-Indy, Helinho pode receber uma pena de 35 anos de prisão, assim como sua irmã Katiucia e o advogado Alan Miller.

A defesa alega que Helinho não pode ser responsabilizado pois seguiu conselhos de Miller, um advogado que trabalha com vários pilotos nos EUA. Ele estaria devendo US$ 2,3 milhões (R$ 5,27 milhões) em impostos e não teria declarado ganhos de US$ 5,5 milhões (R$ 12 milhões) entre 1999 e 2004.

– Helio assinou tudo na frente dele (Miller), incluindo documentos que ele não deveria ter assinado. Isso é ignorância e erros, mas não um crime – disse o advogado de defesa David Garvin.

Do outro lado, o promotor Jared Dwyer insiste que os acusados agiram com má fé:

–  O piloto tentou burlar o sistema de impostos, que todos devemos pagar, independentemente de ser rico ou famoso. Conseguimos provar que não há dúvidas em seu caso – declarou Dwyer.

O julgamento já se arrasta desde o dia 2 de março e Helinho, que pagou US$ 10 milhões (cerca de R$ 22,6 milhões) para responder ao processo em liberdade, perdeu a primeira etapa da temporada da Fórmula-Indy, domingo passado, em St.Petersburg.