| 07/04/2009 09h52min
O chefe-executivo da Brawn GP, Ross Brawn, declarou, nesta terça-feira, que considera inevitável a recuperação das gigantes Ferrari e McLaren ao longo do ano, mesmo após o mau começo de ambas na competição. Enquanto a equipe conquistou a dobradinha na Austrália e teve Jenson Button como vencedor na Malásia, as finalistas das últimas duas temporadas, Ferrari e McLaren, somam apenas um ponto juntas. Segundo Brawn, os times estão pagando o preço por terem disputado os títulos de 2007 e 2008 até a última etapa.
– É um reflexo do que ocorreu no último ano ou nos últimos dois anos. Com as mudanças no regulamento, McLaren e Ferrari tinham um campeonato a disputar. Entendo que era muito difícil para elas dizerem 'pararemos de trabalhar para este ano e colocaremos esforços no próximo'. Para nós, não foi nem uma decisão esperta, foi fácil de ser resolvido. Não tínhamos um carro muito bom, então por que gastar tempo com ele? Para eles, era uma decisão bem mais difícil, mas as duas são muito fortes e empresas de engenharia fantásticas, então elas resolverão seus problemas – afirmou Brawn, de acordo com o GloboEsporte.com.
Embora os resultados iniciais deem conta de que uma ‘nova ordem mundial’ se instaura na Fórmula-1, Ross Brawn descarta o favoritismo. Ele acredita que o começo animador de sua equipe não é um indicativo de como as coisas irão se desenvolver no decorrer da temporada.
Satisfeito com sua equipe nas pistas, Brawn lamentou o momento difícil fora delas, já que, recentemente, 270 funcionários foram demitidos.
– Especialmente por todos na fábrica terem produzido um carro tão bom, dizer às pessoas 'não podemos mais dar a vocês um futuro' é muito difícil. Mas tínhamos mais de 700 pessoas e não era viável continuarmos nesse nível. Tratamos todos com respeito e fizemos de tudo para dar uma boa chance de futuro a todos. Foi um período muito difícil. Agora tentamos olhar para frente, colocamos esse momento para trás e tentamos construir uma companhia para o futuro – declarou Brawn.