| 04/04/2009 17h57min
Depois de ser escrito na história do Internacional, o nome de Adriano Gabiru ficará cravado para sempre na Estrada dos Tijolinhos Amarelos. A estrada é um pequeno memorial que fica na parede da entrada da oncologia pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Ali, também são lembrados outros colorados famosos, como o ex-goleiro Taffarel e o atual técnico da seleção brasileira, Dunga.
Para entrar neste seleto grupo, Gabiru teve que fazer um lance de craque, desta vez, fora dos gramados. Ele doou a camisa de número 16, a mesma que vestia quando marcou o gol contra o Barcelona, em 2006, dando o título de campeão do mundo ao Inter.
— Aquele foi meu momento de glória, mas para chegar até lá passei por muitas dificuldades. Na minha vida, nada foi fácil, enfrentei diversas críticas. Por isso, lembrei dessas crianças que passam por problemas de saúde e precisam de muito apoio — disse ele, ao visitar o hospital na tarde de hoje.
A camisa histórica
será leiloada na quarta-feira, às
12h45min. Porém, quem quiser já pode fazer um lance pela internet, no site do Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul (www.ici-rs.org.br).
— O lance inicial é de R$ 5 mil. É só o início. Queremos que a torcida do Inter mostre força também aqui e nos ajude a manter os trabalhos — desafia Marion de Souza, gerente executiva do instituto.
Depois do arremate, um tijolinho com o nome de Gabiru será colocado na parede da oncologia pediátrica. Uma camisa do atacante Ronaldo Nazário, do Corinthians, também estará no leilão.
O dinheiro arrecadado será aplicado na construção de uma nova sede do instituto, que vai funcionar como um centro de apoio em várias áreas, como psicologia, odontologia e pedagogia. Iniciativa que ajudará na luta de muitas crianças que enfrentam problemas semelhantes ao de Patrick Both, de 11 anos.
Ele luta contra a leucemia desde julho do ano passado. Neste sábado, viveu uma alegria inesperada, com a
chegada de Gabiru na sala.
— Estou bem feliz
com a visita dele, mas naquele jogo da final torci contra o Inter, queria que o time perdesse e fiquei triste quando o Gabiru fez o gol — lembra o pequeno gremista.
A mãe Clade, no entanto, não se importa com isso.
— Meu filho pode ser gremista, mas eu sou colorada. Estou com quatro autógrafos do Gabiru nas mãos — comemora.