| 01/04/2009 22h46min
Não existe mais empecilhos para a continuidade das obras da Beira-Mar Continental, em Florianópolis. Acabaram as negociações envolvendo a maior área a ser desapropriada e o novo prazo de conclusão, inicialmente previsto para o ano passado, é o próximo mês de agosto.
Donos de propriedades que ocupavam um terreno de quase 3 mil metros quadrados aceitaram a indenização de R$ 1, 1 milhão proposta pela prefeitura da Capital. Os acertos entre o poder público e os proprietários dessas áreas, localizadas onde será iniciado o sistema viário da Beira-Mar Continental, terminaram na última terça-feira.
— Nosso maior problema não foram as pessoas. Elas estavam em consenso com o município. O que emperrou a desapropriação do terreno em questão foi a contrariedade da Câmara Municipal à utilização de uma moeda chamada índice, utilizada na construção civil para cálculos como o de desapropriação — disse o secretário de obras do município, José Nilton Alexandre.
Ao
todo, são 26 famílias que serão
indenizadas. Mas, de acordo com o secretário, as que faltam estão em negociação com a prefeitura e não representam entraves ao andamento das obras por serem pequenas.
Atualmente, estão sendo feitos o sistema viário, a drenagem do terreno e a rede de esgoto. O aterro hidráulico e a proteção de pedra para segurar a maré estão concluídos. A obra começou há três anos. A construção foi interrompida no final do ano passado por férias coletivas das empresas responsáveis, e em janeiro por causa da ampliação da sapata da coluna da Ponte Hercílio Luz, que exigiu alterações no projeto da Beira-Mar Continental.
No início de fevereiro, o trabalho parou em função dos problemas das desapropriações. Neste mesmo mês, as obras foram retomadas.
O custo da Beira-Mar Continental será de R$ 43,157 milhões, com recursos garantidos por financiamento internacional via Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), que vai emprestar 80% do valor. Os
20% restantes serão investidos pela
prefeitura.
Mais estacionamento e ciclovia no continente
O projeto inclui o aterro de 180 mil metros quadrados para a implantação de um sistema viário com um quilômetro situado entre a Ponte Colombo Salles e a Rua Machado de Assis, com duas pistas e seis faixas.
Outra pista de igual extensão, localizada entre as ruas Machado de Assis e Castro Alves, terá três faixas. As melhorias implicam ainda, a construção de uma ciclovia e de um estacionamento público com vagas para 400 veículos.