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 | 28/03/2009 18h40min

Zagueiro Emerson Aleixo, do JEC, ainda sonha em jogar neste Estadual

Dez quilos mais magro, jogador garante que está perto do peso ideal

Diego Santos  |  diego.santos@an.com.br

O Campeonato Catarinense chegou na reta final, faltam poucas rodadas, e Emerson Aleixo não desiste. Quer jogar. Ainda sonha em vestir a camisa do Joinville neste Estadual. Por ele, colocaria agora um par de chuteiras e iria para o campo.

Desde que voltou à Arena, no dia 7 de janeiro, o zagueiro-artilheiro travou uma luta sofrida contra a balança. Dos 103 quilos que tinha, dez se foram com a rotina de trabalho pesado, quase sempre debaixo de sol forte. Agora, Emerson já pode afirmar:

— Tô quase lá.

Noventa quilos seria o ideal. Nos dois anos em que defendeu o Joinville (2005 e 2006), Emerson pesava isso, fez 21 gols na Arena e se transformou no segundo maior artilheiro do estádio — só perde para Marcelo Silva, que balançou as redes da Arena 24 vezes.

Essa época, Emerson guarda com carinho. E se emociona quando fala do JEC.

— Gosto demais desse time. Venho para as partidas, fico lá em cima e dá até um ruim por não estar em campo. Jogo a Série D até de graça — falou.

Não dá para duvidar. Enquando não entrar em campo, Emerson não vai ganhar um único real do Joinville. Foi um acordo que fez com o diretor de futebol, Nereu Martinelli.

— Estava três meses parado, sem treinar... não quero enganar ninguém. Hoje, não recebo nada para estar aqui.

Antes de voltar ao JEC, Emerson estava no Wuhan, da primeira divisão do futebol chinês. Ficou dois anos por lá. Aí sua equipe foi punida pela Justiça Esportiva daquele País. O zagueiro parou de treinar e visivelmente perdeu a forma física. Mas conta um detalhe curioso.

— Com o peso que estou hoje, fui eleito o melhor zagueiro do campeonato da China em duas temporadas seguidas.

Dirigente demonstra paciência

O diretor de futebol, Nereu Martinelli, demonstra total paciência com Emerson Aleixo. Contratou Rogério Corrêa para o quadrangular do Catarinense, mas garantiu: não dispensa o zagueiro-artilheiro, mesmo que ele não seja utilizado pelo técnico Gelson da Silva no Catarinense.

Dias atrás, Martinelli disse que precisava “respeitar um pai de família que tantas coisas boas fez para o Joinville.”

— O Emerson jogou até com o nariz quebrado — lembrou o dirigente.

Ele também elogiou a postura de Emerson ao negar salários enquanto não tiver condições físicas de entrar em campo. O zagueiro fala que a chegada do preparador físico Reverson Pimentel acelerou sua recuperação.

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