| 26/03/2009 03h10min
O trauma de 2008 serve de alerta ao Inter. Os jogadores não querem repetir a experiência fracassada do primeiro semestre do ano passado, quando a conquista do Gauchão, com direito a goleada por 8 a 1 sobre o Juventude, no jogo final, escondeu as fragilidades da equipe.
A consequência foi a eliminação na Copa do Brasil, para o Sport, apenas duas semanas depois. A recuperação só veio a partir da segunda fase do Brasileirão, culminando com a sexta colocação. E foi consolidada com a conquista da Copa Sul-Americana, em dezembro.
– O futebol é traiçoeiro: dá com uma mão e retira com as duas. Aqui, ninguém irá se acomodar – promete o meia Andrezinho.
Confiante em estar à disposição para o jogo de sábado, contra o Juventude, em Caxias do Sul, apesar de ter sentido desconforto muscular em Bento
Gonçalves, Andrezinho diz que o ano de
2008 serviu como lição. Ele não gosta da expressão trauma, mas admite que as marcas ainda são bem fortes no grupo, quase um ano depois.
Andrezinho diz entender a frustração do técnico Tite, que criticou a equipe terça-feira por ter sofrido dois gols pela primeira vez numa mesma partida. As cobranças prometidas pelo técnico serão feitas antes do treino de hoje, marcado para o turno da manhã.
– O time tem que procurar a perfeição – diz.
Animado com os três gols marcados contra o Esportivo, Nilmar acredita que a equipe começa a encontrar “a fórmula ideal de jogar”. Mas também não se ilude. As dificuldades, diz ele, irão aumentar já a partir do primeiro jogo da segunda fase da Copa do Brasil, dia 8 de abril, em Campinas, contra o Guarani – a partida de volta está marcada para o dia 22, às 21h50min, no Beira-Rio.
– A grande vantagem é que o nosso time hoje está bem mais amadurecido – entende o
centroavante.
D'Ale, o careca
O meia argentino D’Alessandro
fez uma mudança radical no visual. O corte de cabelo, que tinha desenhado na parte de trás o símbolo do Inter, foi abandonado. Na quarta, ele apareceu no Beira-Rio com os cabelos praticamente raspados.