| 17/03/2009 13h35min
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou nota confirmando que o campeão da Fórmula-1 deste ano será decidido pelo número de vitórias, não mais pelo sistema por pontos. Se tivesse sido adotada em 2008, a fórmula teria dado o Mundial ao brasileiro Felipe Massa: ele terminou com seis primeiros lugares, contra cinco de Lewis Hamilton. O piloto da Ferrari fez 97 pontos, um a menos que o da McLaren.
Os pontos serão usados caso um ou mais pilotos terminem empatados na classificação, segundo decisão adotada pelo conselho mundial da FIA hoje em Paris. O Mundial da F-1 de 2009 começa no próximo dia 29, com o Grande Prêmio da Austrália.
A proposta foi feita pela Fórmula One Management, empresa do inglês Bernie Ecclestone, chefão da F-1. Entretanto, sua ideia de dar medalhas aos três primeiros colocados foi rechaçada. Também acabou recusada a mudança na distribuição de pontos. A intenção era valorizar o vencedor da prova, que ganharia 12 pontos contra os 10
atuais. Além disso, o segundo
e terceiro colocados levariam nove e sete pontos, um a mais que atualmente. Porém, o vencedor continuará com 10 pontos, o segundo, oito, e o terceiro, seis. O quarto leva cinco pontos, e assim sucessivamente até o oitavo.
A FIA também estabeleceu um orçamento máximo por equipe na temporada, que será de 30 milhões de libras (aproximadamente US$ 42 milhões), incluindo os salários dos pilotos. Ficarão de fora deste total, válido até 2012, os gastos com desenvolvimento de motor e multas a serem pagas à FIA. A afirmação foi feita por seu presidente, Max Mosley.
Por outro lado, será permitido às equipes mais liberdade técnica nos carros, com sistemas aerodinâmicos mais eficientes. Mosley explicou que a maioria das medidas de corte aplicadas nos últimos anos, como a limitação de materiais, treinos simuladores e túneis de vento, não será aplicada.
A reunião do Conselho Mundial da FIA, nesta terça-feira, instituiu também uma série de regras para deixar a
categoria mais acessível e
transparente para os fãs — tanto nos autódromos quanto em casa. Para os torcedores que forem aos circuitos, a maior novidade será uma sessão de autógrafos no primeiro dia de treinos em 16 etapas do Mundial, e quinta-feira no GP de Mônaco. Os pilotos também terão de ser mais acessíveis à imprensa. Todos os competidores que não participarem da entrevista coletiva da FIA após as corridas serão obrigados a atenderem os jornalistas depois da prova.
Para os torcedores que estiverem em casa, a categoria será mais transparente no que diz respeito às estratégias dos pilotos para a corrida. A FIA pediu que todas as equipes divulguem o peso de seus carros após os treinos de classificação, o que permitirá saber se um piloto conseguiu sua melhor volta com muito ou pouco combustível.
Se a regra valesse em 2008, o título teria ficado com Felipe Massa, e não com Lewis Hamilton
Foto:
Antonio Lacerda/EFE