| 15/02/2009 11h46min
Desta vez, nem o Super-Homem conseguiu salvar o torneio de enterradas do All-Star. Em uma disputa morna, sem grandes lances, Dwight Howard tentou repetir o título do ano passado e usou de novo a capa de Super-Homem, mas esbarrou num baixinho “vestido de kryptonita”.
Nate Robinson, do New York Knicks, usou um uniforme todo verde na segunda fase da disputa e bateu o pivô do Orlando Magic para ficar com o título de 2009.
Na primeira rodada, ninguém empolgou o público. Robinson, Howard, o espanhol Rudy Fernandez, do Portland, e JR Smith, do Denver, optaram por movimentos simples e discretos, de acordo com o site Globoesporte.com.
Veio a segunda rodada e, com ela, um festival de lambanças. Pau Gasol apareceu para ajudar o compatriota Fernandez, mas acabou atrapalhando. Atrás da tabela, o ala-pivô do Los Angeles Lakers deveria jogar a bola para o companheiro pegar e enterrar, mas errou vários passes e a cravada só saiu depois de inúmeras
tentativas. Após o lance, Fernandez brincou com
Gasol, apontando para ele e fazendo sinal de negativo.
Na sequência, JR Smith também precisou de vários saltos para conseguir um acerto recebendo a bola arremessada das arquibancadas. As câmeras flagraram o astro George Gervin, ex-jogador do San Antonio Spurs, com cara sono na plateia.
Nate Robinson também errou na primeira tentativa, mas acertou na segunda após tomar impulso pisando nas costas do companheiro Wilson Chandler.
Quando todo mundo já ameaçava dormir, Dwight Howard quebrou um tabu no torneio. Foi colocada uma segunda tabela na quadra, 61 centímetros mais alta que a original. Howard entrou numa cabine montada no meio da plateia e, a exemplo do que tinha feito no ano passado, vestiu a capa do Super-Homem. A torcida delirou em Phoenix e nem se importou com a cravada normal que ele deu – afinal, o importante era que o aro estava à altura de 3,66m.
Em decisão polêmica dos jurados, Howard e Robinson passaram para a final. O
baixinho dos Knicks trocou de roupa, vestiu um
uniforme verde e deu uma cravada de costas, completada com uma dancinha para o público. Howard respondeu com um lance de precisão: ele partiu do canto da quadra, jogando a bola na lateral da tabela, pegou no ar, longe da cesta, e mesmo assim conseguiu socar, num movimento difícil. Os concorrentes, então, uniram forças.
Para mostrar que a festa era mais importante que o espírito de competição, o pivô do Orlando ficou parado no garrafão, e Robinson saltou por cima dele. Considerando a diferença de altura do armador para o gigante, foi provavelmente a melhor enterrada da noite.
Howard precisava encontrar uma resposta à altura. Ele foi para o outro extremo da quadra e reeditou uma enterrada que já tinha sido feita por Michael Jordan e Julius Erving: correu, saltou com o pé na linha de lances livres e enterrou. Ficou o gosto de decepção. Conhecido pela criatividade nas cravadas, desta vez Howard falhou. E o público notou, tanto que escolheu Robinson como vencedor da noite,
com 52% dos votos pela
internet ou por mensagem de celular.