| 11/01/2009 15h39min
Eles são remanescentes, mas podem ser chamados de sobreviventes. João Paulo, Nequinha e Fabinho resistiram às séries de troca-troca no Metropolitano e, hoje, formam o seleto grupo de jogadores que poderá repetir o feito de 2008, quando o Verdão surpreendeu o Estado ao terminar o Catarinense como a quarta força de Santa Catarina, atrás apenas dos grandes Criciúma, Avaí e Figueirense. O elenco tem mais de 20 jogadores que se preparam para disputar o primeiro Estadual com a camisa verde.
A maioria teve noção do que significou a campanha — que garantiu vaga na Série C de 2008 — ao assistir ao DVD "A conquista da honra". Foi a maneira mais fácil de mostrar o impacto causado no torcedor e no clube.
— Agora, todos sabem como o Metropolitano mexeu com a cidade. Este ano temos mais uma chance de dar um pouco de alegria aos blumenauenses, principalmente depois da catástrofe de novembro — disse o lateral-direito Nequinha, um dos
remanescentes.
Permanecer no elenco depois da eliminação precoce
na Série C (quando iniciou a remodelação) e da Copa Santa Catarina, ambas no segundo semestre do ano passado, tornou-se uma vitória. Além do trio, também ficaram alguns meninos da base que se juntaram ao elenco no último Estadual, mas quase não foram aproveitados, como o goleiro Tiago e o zagueiro Paganelli.
— Após tanta transição, permanecer é um privilégio, um sinal de reconhecimento — completou Nequinha.
Acerola quer fazer história
Entre os novatos, há consciência da responsabilidade. O atacante Acerola, por exemplo, viu a força do Metrô como jogador do Guarani de Palhoça e quer provar que o novo time tem condições de fazer uma boa campanha, quem sabe até melhor do que a de 2008.
— Queremos fazer a nossa história aqui também e buscar o título — afirmou.
Alguns jogadores não defenderam o Verdão no último Catarinense, mas já são conhecidos da torcida porque estrearam na Copinha. O
mesmo vale para a comissão técnica, comandada pelo treinador Paulo Porto —
ele chegou para substituir Cesar Paulista após a eliminação na Série C.
Independente do tempo de clube, todos têm o mesmo objetivo: fazer com que o Metrô não seja apenas uma surpresa, mas passe a ser um dos grandes entre os clubes catarinenses.