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Enquanto a comissão técnica e o grupo de jogadores se concentra na decisão do Campeonato Catarinense de 2003, contra o Caxias, no domingo, dia 23, a diretoria do Figueirense já pensa na Série A do Campeonato Brasileiro, que começa no dia 29.
O presidente Paulo Prisco Paraíso se reúne na quarta, no Rio, com o representante da TV Globo Marcelo Campos Pinto e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira para discutir as cotas de televisionamento para a competição.
Ao lado da Ponte Preta, o Figueirense encabeça o comitê de negociação do Grupo dos 8, que reúne as oito agremiações da elite nacional que não fazem parte do Clube dos 13, formado pelas 16 equipes mais tradicionais e de maior torcida.
O C-13 chegou a acertar com a Globo uma verba para todo o campeonato. Desse montante, R$ 2,475 milhões seriam destinados a cada um dos integrantes do G-8. A contra-proposta eleva esse número para R$ 4,5 milhões.
– Nosso grupo representa 1/3 do total de equipes na Série A e o que pedimos representa somente 16% do total destinado aos clubes. Mas é justo, pois os integrantes do Clube dos 13 têm mais potencial mercadológico – disse Prisco Paraíso.
O problema é que o C-13 (cujas cotas variam entre R$ 12 milhões e R$ 7,2 milhões) vem ignorando os apelos do G-8 para renegociar os valores. Na sexta-feira, inconformado com o descrédito, o presidente da Ponte Preta, Sérgio Carnielli, cogitou o adiamento da primeira rodada do Brasileirão.
O dirigente do Figueira tem um tom mais conciliatório e aposta na reunião de quarta, em que os clubes menores vão negociar diretamente com a Globo e a CBF, para alcançar um modelo satisfatório.
– Não é por aí, minha opinião pessoal é de que vamos chegar a um consenso, há interesse de todas as partes – afirmou Prisco.
O time catarinense estréia contra o Vitória, no Barradão, em Salvador, no dia 30, domingo.
MAURICIO XAVIER/DIÁRIO CATARINENSE