| 11/12/2008 13h01min
Na primeira semana das férias, o Grêmio vive um impasse em relação ao seu treinador. Celso Roth pediu R$ 300 mil de salário para renovar contrato, mas o clube só oferece R$ 200 mil, o que já é um aumento considerável para quem ganha cerca de R$ 120 mil. Nesta terça, o presidente eleito Duda Kroeff reiterou sua admiração pelo trabalho de Roth, mas descartou subir a proposta. O técnico recebeu prazo até esta sexta, para responder se aceita o valor.
— Chegamos ao nosso limite. É o que a gente pode fazer, já está lançado, agora é só esperar pelo Celso — disse Kroeff.
Enquanto espera, porém, o Grêmio já se articula para buscar um eventual substituto. Dorival Júnior está cotado. Kroeff não cita nomes, mas admite que o clube está sondando o mercado.
— A gente quer que o Roth continue. É a hora dele, ele está maduro, vai ganhar um grande campeonato. Mas se ele não ficar, temos que estar preparados.
De acordo com o presidente eleito, não
há motivo para preocupação pelo fato de o clube
já ter perdido jogadores após o fim do campeonato. O volante Rafael Carioca foi vendido ao Spartak Moscou e o zagueiro Jean, cujo contrato se encerrava neste fim de ano, foi para o Corinthians.
— Estamos fazendo as coisas bem planejadas. Evidentemente que, se nós não precisássemos vender jogadores e apenas reforçar o time, era melhor. Mas não é a realidade do futebol brasileiro, pelo menos da grande maioria dos clubes. A venda do Rafael Carioca foi bem analisada. Ele é um grande jogador, mas não é imprescindível porque tem alternativas boas para a posição.
Kroeff admite a necessidade de reforçar o time para a Libertadores, principalmente em "alguns setores", que ele não cita quais para "não desvalorizar ninguém". Em virtude da tão falada "realidade do futebol brasileiro", ele prepara o torcedor para a chegada de jogadores médios para reforçar o time.
— Muitas vezes chega um jogador como o Paulo Nunes, a torcida se frustra e depois ele dá uma
excelente resposta. Quem é profissional do
assunto tem mais chance de acertar. A gente nem sempre acerta, mas desta vez vamos ver se acertamos tudo ou a grande maioria, e que isso nos proporcione uma grande Libertadores.
No entanto, não descarta pelo menos um nome de impacto:
— É que às vezes a grande contratação não está disponível, mas a gente não está trabalhando só com a idéia de jogadores mais baratos. Tem espaço para algum mais caro. Não digo o Kaká ou o Messi, mas alguma contratação de maior porte a gente estuda, sim.