| 06/11/2008 10h16min
Os problemas que ocorreram no jogo do último sábado entre Náutico e Vitória, nos Aflitos, ainda é o principal tema debatido entre as equipes. Nesta quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva decidiu instaurar um inquérito para apurar a confusão. O departamento jurídico do Timbu informou que não vai ficar parado e promete processar o clube baiano, segundo informações do GloboEsporte.com.
A denúncia do Vitória se baseia em dois momentos. O primeiro aconteceu no intervalo da partida, quando policiais militares teriam invadido o vestiário dos visitantes para dar voz de prisão ao goleiro Viáfara. A segunda confusão aconteceu no fim da partida, quando dirigentes e jogadores do rubro-negro disseram que a polícia jogou gás de pimenta, de novo no vestiário.
A polícia confirma ter ido conversar com o goleiro do Vitória, mas nega ter dado voz de prisão. Com relação à denúncia de gás de pimenta, a polícia desmente. No momento da reclamação dos baianos, câmeras filmaram os jogadores dentro do vestiário, sem que houvesse indícios do uso do gás.
– Isso é uma calúnia, e o Vitória não vai sair impune. Vamos entrar com um processo contra quem inventou esta história, pois já há casos de punição por simulação no futebol – declarou o vice-presidente jurídico de futebol do Náutico, Ivan Rocha.
Entre os que serão denunciados, estão o goleiro Gléguer e o lateral-direito Marco Aurélio, ambos ex-jogadores do Timbu.
– Gléguer fingiu se proteger contra o gás de pimenta, mas, cinco minutos depois, foi filmado sorrindo, sem olhos vermelhos ou qualquer indício de que havia sofrido com o gás. O caso de Marco Aurélio é de difamação. Ele ofendeu o patrimônio do Náutico – completou o vice-presidente.
Na saída do campo, o jogador do Vitória disse que o campo do Náutico ‘era uma várzea’.
No entanto, o presidente do Timbu, Maurício Cardoso, viu com bons olhos a instauração de inquérito para apurar a confusão nos Aflitos. Para ele, a decisão do STJD foi acertada, e dará condições ao clube pernambucano de se defender.
– Diferente do que aconteceu no caso do Botafogo, quando fomos julgados sem nem ao menos ser ouvidos, agora poderemos apresentar as provas de que não houve nada do que o Vitória tem nos acusados e de que o Náutico é inocente – ponderou.