| 30/09/2008 15h12min
Vice-campeão da temporada 2008 da Fórmula GP2, o brasileiro Bruno Senna vive um momento de indefinição na carreira. Depois de dois anos na “categoria-escola”, o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna diz ter o interesse de boa parte das equipes da Fórmula-1 (as exceções são Renault, Red Bull e Ferrari), mas ainda não sabe onde estará no ano que vem.
Uma das principais dificuldades para Bruno é o pouco tempo de carreira. Ele começou a se dedicar para valer no automobilismo apenas em outubro de 2004. Apesar disto, o jovem de 24 anos leva fé em seu potencial.
– Aprender muita coisa em pouco espaço de tempo não será novidade para mim. Tem sido assim desde que cheguei à Europa – comentou o piloto.
O piloto garante que não está assim tão longe da principal categoria do automobilismo mundial.
– As possibilidades são boas e sólidas, tanto para ser piloto titular quanto para test driver. Para que se materializem, tudo dependerá de fatores externos e de algumas decisões que precisaremos tomar – explicou.
Bruno garante que cresceu muito como piloto, tanto em regularidade como em tomada de decisões estratégicas.
– Melhorei minha capacidade de entrosamento com a equipe e isso trouxe resultados positivos. Tenho dedicado cada vez mais atenção à preparação física, o que tem me ajudado a ser mais veloz no qualifying e consistente nas corridas.
Bruno Senna na GP2
A campanha de Bruno na GP2 em 2008 conta com duas vitórias (Mônaco e Silverstone), três poles, uma melhor volta, seis pódios e 64 pontos, o que lhe garantiu o vice-campeonato da disputa, atrás do italiano Giorgio Pantano.
– Ser campeão poderia ter aberto muitas portas na Fórmula-1. Mas, por enquanto, nenhuma se fechou. Desta forma, ter sido vice não alterou quase nada. No entanto, permanece o gosto amargo de saber que poderia ter sido campeão e não ter conseguido por fatores que não controlo – analisa o brasileiro, se referindo a incidentes como atropelamento de um vira-lata na Turquia, a quebra da embreagem na França, a pane seca em Valência e uma polêmica punição com passagem pelos boxes quando liderava na Bélgica.
GAZETA PRESS