| 18/09/2008 10h38min
Após o susto no treino do Figueirense nesta quarta-feira, quando um rojão explodiu perto de alguns jogadores no gramado do Scarpelli, o Ministério Público de Santa Catarina iniciou uma investigação para averiguar a autoria do atentado. De acordo com o promotor Andrey Cunha Amorim, se ficar comprovado que a torcida organizada Gaviões Alvinegros foi responsável, ela pode ficar fora do estádio por um ano.
— O MP vai se inteirar e, depois, se pronunciar oficialmente. Se houve participações da organizada, pode haver punição — disse Amorim.
Protesto por causa da má fase
Na tarde desta quarta-feira, enquanto o técnico Mário Sérgio comandava
seu segundo trabalho à frente da equipe alvinegra, um grupo formado por cerca de 40
torcedores, que conduziam uma bandeira da Gaviões, se instalou nas arquibancadas, perto da saída 3, no setor C. Eles protestaram contra a má campanha do time, gritando palavras de ordem como "Chega de brincadeira, honra a camisa do Figueira".
Até que, por volta das 16h40min, dois foguetes foram lançados ao alto e um dos fragmentos do segundo artefato estourou dentro do campo, em frente ao atacante Rafael Coelho e ao zagueiro Asprilla. Os dois caíram imediatamente no gramado, tontos com a explosão.
Indignados, os jogadores reagiram. Foram no máximo cinco minutos de conversa nada amistosa junto ao alambrado. Um grupo cobrava dos atletas; outro esbravejava com o gerente de futebol, Anderson Barros. Aí, os ânimos acalmaram e o treino recomeçou. Ainda deu para ouvir um canto de incentivo ("É, é Mário Sérgio!") antes de a polícia chegar, convocada pelo clube.
Aproximadamente 10 policiais militares acompanharam a saída dos torcedores. A direção do
Figueirense não registrou boletim de
ocorrência e não quis comentar o episódio.
Reincidência
Depois de um período de "suspensão" imposto pelo MP por causa das confusões no jogo com o Coritiba, a torcida organizada Gaviões Alvinegros pode voltar ao Orlando Scarpelli já neste domingo. O Figueirense irá encarar o Cruzeiro, às 16h, pela 26ª rodada da Série A do Brasileirão.
COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO CATARINENSE
Aproximadamente 10 policiais militares acompanharam a saída dos torcedores do estádio depois da explosão
Foto:
Flávio Neves