A vitória sobre o CRB, na última sexta-feira, foi o primeiro passo para o Criciúma reconquistar sua torcida. O segundo está próximo. No sábado, às 16h, o Tigre enfrenta o Bahia, fora de casa, e tem a chance de somar mais três pontos e reascender a esperança dos torcedores em uma campanha mais emocionante na briga para subir à Série A.

Para o zagueiro Wescley, vencer o CRB fez com que o grupo resgatasse sua auto-estima. Mas ele sabe que, para dar continuidade a isso, o time precisa fazer mais.

— Essa vitória representou muita coisa para a gente. Resgatou nossa auto-estima e nossa auto-confiança, e isto é muito bom para o decorrer do campeonato — disse Wescley.

Um dos pontos que podem motivar isto é a arrancada em outro ponto da tabela: nos gols. O Criciúma tem o pior ataque da competição, com apenas 21 gols anotados em 23 partidas. O saldo não é tão preocupante, visto que sofreu 28 e tem a quinta defesa menos vazada da competição.

O problema é que, preocupando-se demasiadamente com a marcação, o Tigre "esquece" de balançar a rede do adversário. Se o desempenho da zaga é motivo de orgulho, o do ataque deixa a desejar. Wescley crê que a receita para um ataque mais eficiente é a ousadia.

— Temos que manter o mesmo estilo que tivemos aqui, contra o CRB, jogando com inteligência e ousadia buscando a vitória. Não dá para ficar só pensando na marcação, temos que ter ousadia com a bola no pé.

O jogo terá um cenário que o tricolor conhece bem: a torcida baiana está descontente e cobrando resultados do time. Cabe ao Criciúma usar isto em seu favor e jogar com a pressão sobre o adversário. A estratégia está sendo traçada. Jogar com inteligência é o objetivo do zagueiro.

— A gente sabe que é ruim pra eles se perderem em casa com o torcedor cobrando, nós também passamos por isso. Vamos buscar a vitória e os gols com inteligência. Se fizermos um gol logo no início, a torcida vai pressioná-los e isso pode dificultar mais para eles — finalizou.