| 20/08/2008 05h32min
Campeã da prova de maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Pequim, a russa Larisa Ilchenko reclamou da violência das nadadoras brasileiras Ana Marcela Cunha, quinta colocada, e Poliana Okimoto, que ficou em sétimo. A russa passou praticamente toda a prova na terceira posição, atrás das britânicas Anne Payne e Cassandra Patten, mas reagiu e assumiu a liderança no final.
– Isso é natação, não é boxe – disparou a russa após conquistar o título.
As brasileiras também chegaram a reclamar da violência da atleta russa. Ana Marcela, de 16 anos, confirmou que houve empurrões embaixo d'água.
– Teve muita porrada no final, para tentar uma boa colocação – declarou.
Estratégia
Ana Marcela admitiu um erro na estratégia adotada nos metros finais da prova. Nos últimos 1000m, ela dividia a terceira posição com Poliana. No entanto, as duas se afastaram do pelotão principal, permitindo a passagem da russa Larisa Ilchenko, que acabou ficando com o ouro.
– Tentamos nadar ao lado da russa porque sabíamos que ficar do lado dela garantiria uma boa colocação. Abrimos para direta e, com isso, perdemos um pouco o contato com o grupo. Claro que faltou a medalha e acho que estive bem. Um erro de estratégia no final fez a diferença – lamentou.
Até Londres
Apesar de ficar sem medalha, Ana Marcela conseguiu igualar a melhor participação da natação feminina brasileira em Jogos Olímpicos. A baiana repetiu a quinta colocação obtida por Joana Maranhão nos 400m medley de Atenas, em 2004, e por Piedade Coutinho nos 400m livre de Berlim, 1936.
– Repeti o resultado da Joanna e para as meninas dos esportes aquáticos isso é bom. Sou nova ainda e tenho certeza que em Londres será outra coisa. Estarei quatro anos mais experiente – projetou.
RÁDIO GAÚCHA, EFE E CLICRBS