| 01/08/2008 16h10min
Demitido do cargo de técnico do Atlético-MG ainda no Rio de Janeiro, Alexandre Gallo retornou a Belo Horizonte antes do grupo de jogadores. Em seu acerto final, o treinador concedeu uma entrevista coletiva na sede do clube, dando seu parecer sobre o trabalho realizado. À frente da equipe em 14 partidas Brasileirão, Gallo venceu quatro, empatou outras quatro e perdeu seis, sendo três por goleada – 5 a 1 para o São Paulo, 4 a 0 para o Botafogo e 6 a 1 para o Vasco, nesta última quinta, que determinou sua queda.
Para o treinador, o trabalho que ele estava fazendo precisava de mais tempo para dar resultados, já que houve grande reformulação no grupo.
– Praticamente tiramos 13 jogadores e trouxemos nove ou 10, se não me engano. Então, isso demanda um pouquinho de tempo. Mesmo assim acho que intercalamos bons momentos dentro de casa com momentos ruins fora. Acho que é absolutamente normal, pelo tempo de trabalho, pela reformulação e pelo que está acontecendo dentro do Atlético – avalia.
O presidente Ziza Valadares tem sido bastante questionado por torcedores e até pelo conselho pelo modo como gere o futebol. Alexandre Gallo, no entanto, defende o cartola. O ex-comandante alvinegro nega ainda que o desempenho da equipe tenha sido afetado pela crise política do clube.
– Acho que o meu problema é dentro das quatro linhas. Respeito muito o Atlético-MG, a sua torcida, o presidente Ziza, que é um cara das melhores intenções, pelo que eu percebi aqui, mas o problema é técnico e de continuidade – aponta.
Em sua saída, o ex-técnico do time expressou também seu apoio aos atletas com quem trabalhou durante estes pouco mais de dois meses de trabalho:
– É o melhor clima possível, como sempre foi desde que cheguei, de um entendimento muito grande, de um querer muito grande. Eles estão sofrendo com tudo isso que está acontecendo, esse momento de desconforto, e estão trabalhando bastante – conta.
GAZETA PRESS
Alexandre Gallo não suportou a goleada de 6 a 1 imposta pelo Vasco
Foto:
Julio Cavalheiro
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Agência RBS