| 28/07/2008 02h49min
A surpreendente derrota em Ipatinga não serviu apenas para que o Inter arranhasse sua imagem nacional de candidato ao título. Mas, sobretudo, comprometeu a campanha de recuperação da equipe no Brasileirão. Tudo porque desde a chegada de Tite ao Beira-Rio, o clube projeta a soma de quatro pontos a cada dois jogos. Assim, poderia alcançar os líderes do campeonato - e manter-se entre eles. Porém, nos confrontos contra São Paulo e Ipatinga, a projeção era de seis pontos. Ganhou três. Agora, nas quatro partidas que restam no turno, será obrigado a vencer pelo menos três e empatar uma para cumprir o cronograma.
Veja o gol do Ipatinga contra o Inter
O problema é que desses quatro jogos, dois são fora: contra Fluminense e Cruzeiro - mais
dois na Capital, contra Santos e Figueirense - , o que torna a
concretização de tal meta uma missão quase impossível.
Com cinco derrotas e três empates como visitante, o Inter faz campanha de clube que chegará no máximo à Copa Sul-Americana em 2009. Para sonhar com a Libertadores da América, ou até mesmo com o título, é necessário vencer de cinco a oito jogos fora de casa. Restam 11 para os colorados até a última rodada do Brasileirão, em 6 de dezembro.
Menos mal que agosto se aproxima e os reforços começarão a ser escalados. Diante do Cruzeiro, no Mineirão, no próximo dia 7, Bolívar e Rosinei já poderão estrear. Gustavo Nery também - este ainda não pode jogar devido ao condicionamento físico distante do ideal, e não por causa da janela para atletas que vieram do Exterior.
No sábado, mais grave que levar 1 a 0 do Ipatinga, foram as tentativas de justificar a derrota. O vestiário do Inter lembrou o pior momento do clube, naquela série de reveses dos anos 90. Sem poder culpar a arbitragem pelo novo fracasso longe
do Beira-Rio - justificativa
utilizada na derrota para o Palmeiras e nos empates com Grêmio, Atlético-PR e Náutico - , a desculpa da hora foi o cansaço e o tamanho do campo do Ipatingão.
— A equipe sentiu um pouco os últimos 13 dias. Não é desculpa para a derrota. O adversário foi efetivo, fez o gol. Um pouco da falta de intensidade foi por causa das viagens — comentou Tite.
Já o presidente Vitorio Piffero tentou isentar a equipe da obrigação de vencer o pior time do campeonato e candidatíssimo ao descenso:
— No campo, são 11 contra 11. Pela posição que estamos hoje, e pelo futebol que vem sendo apresentado, a vitória seria, talvez, o mais provável. Mas isso não existe. Me recordo que o Ipatinga deu um calorão no São Paulo, no Morumbi. Os que estão lá embaixo na tabela são os mais aguerridos.
IPATINGA (1)
Fred; Leandro Salino, Tiago Vieira, Leo Oliveira e Beto; Augusto Recife, Xaves, Leo Silva (Luiz Fernando,
26min 2ºT) e Rodriguinho; Adeílson e Marinho. Técnico:
Ricardo Drubsky.
INTER (0)
Clemer; Ângelo, Orozco, Danny Morais e Marcão; Edinho (Maycon, 19min 2ºT), Magrão (Guto, 34min 2ºT), Guiñazu e Taison (Walter); Alex e Nilmar. Técnico: Tite
Brasileirão — 15ª rodada — 26/7/2008
Horário: 18h20min.
Local: Estádio Ipatingão, em Ipatinga
Arbitragem: Sérgio Silva Carvalho (DF), Ênio Carvalho (DF) e Miguel Vieira (DF)
Gol: Beto, aos 33 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Taison (I), Leandro Salino (Ipa)
Inter de Taison (foto) foi muito mal contra o lanterna do Brasileirão e terá que fazer 10 pontos nos próximos quatro jogos para ficar no G-4
Foto:
Divulgação, Inter