| 24/07/2008 15h19min
Para o técnico da seleção brasileira feminina de basquete, as chances de a pivô Érika integrar a equipe nos Jogos Olímpicos de Pequim subiram para 90%. Afastada das quadras por causa de uma fratura por estresse no tornozelo do pé direito desde maio, a jogadora fez grandes progressos em sua recuperação.
— A Érika está ótima. Quando a fratura foi descoberta a chance dela jogar estava abaixo de 50% pela intensidade, seriedade e prazo. Mas o protocolo de recuperação dela foi acelerado e eu diria que ela está mais para 90% de chances de jogar — explicou o técnico Paulo Bassul pouco antes de o grupo embarcar nesta para a Austrália.
Defendendo o Atlanta Dreams na WNBA, Érika pode participar de apenas três jogos pela franquia. Mas, de acordo com Bassul, agora já retornou aos treinamentos normais em quadra.
Mesmo com as boas notícias, o treinador viajou levando uma jogadora extra no time e deixou o corte final para ser anunciado já na China.
— Tudo é questão de benefício ou prejuízo e, neste caso (retorno da pivô), o benefício é altíssimo — destaca.
— A Érika sempre demonstrou uma vontade muito grande de vestir a camisa brasileira, desde as seleções de base — completa.
Apesar de estar na berlinda por causa do retorno de Érika, a ala Fernanda Beling mantém o otimismo.
— A ansiedade é enorme e estou trabalhando no limite. Minha prioridade é chegar bem e preparada — explica, admitindo que a situação incerta causa um certo desconforto.
— Dificulta porque você também tem de controlar o nível emocional para ter a cabeça e o psicológico preparados para tudo.
Surpresa das surpresas no grupo definido por Bassul para a viagem, Fernanda reconhece que a convocação em si já foi inesperada.
— Começamos treinando em 16 e ficar entre as 13 já foi surpreendente. Estou andando passo a passo — diz serena e sem encarar os confrontos contra a Austrália como decisivos para seu futuro.
— O Paulinho conhece todas as jogadoras e já deve ter tudo bem pensado e definido na cabeça. Eu só quero continuar mostrando que tenho vontade até o final.
Bassul levou três alas/pivôs (Mamá, Êga e Franciele), e a pivô Graziane para os amistosos, mas em caso de corte Grazi deverá ser a sacrificada.
GAZETA PRESS