| 16/07/2008 03h28min
Uma parceria afinada, que rende frutos há cinco anos, é a aposta do Grêmio para ganhar do Sport, hoje, às 19h30min, em Recife. E manter-se no grupo dos que tentam vaga na Libertadores.
Tcheco e Marcel jogam juntos pela terceira vez na carreira. A relação entre os dois teve início em 2003. Promovido no início daquele ano aos profissionais do Coritiba, o centroavante encontrou no meia, que havia chegado do Malutron, um precioso conselheiro. Paranaense de Curitiba, Tcheco, 32 anos, é ainda hoje uma espécie de irmão mais velho de Marcel, 26 anos, paulista de Mirassol.
O entendimento, que levou os dois a dividir o mesmo quarto nas concentrações do Coritiba, hábito mantido
até hoje, estendeu-se aos gramados. Dos 20 gols feitos por
Marcel no Brasileirão de 2003, 15 surgiram em passes de Tcheco. A maioria em bolas aéreas, como ocorreu domingo, no primeiro gol do Grêmio, contra a Portuguesa.
A amizade perdurou mesmo à distância. Da Coréia do Sul, onde foi defender o Suwon Sansung, Marcel se correspondia por e-mail ou pelo Messenger com Tcheco, que estava no Al-Ittihad, da Arábia Saudita.
O reencontro aconteceu no ano passado, no Grêmio. No final de 2007, Tcheco voltou ao mundo árabe, enquanto Marcel transferiu-se para o Cruzeiro, em Minas. Agora, a parceria está refeita.
— Ele é o nosso maestro — elogia o centroavante, falando da precisão dos cruzamentos do meio-campo.
Tcheco devolve os elogios. Feliz pelo desempenho do amigo, prevê um crescimento ainda maior quando ele adquirir mais confiança.
— Marcel é muito eficiente. Até na Coréia ele foi campeão. Aqui no Grêmio, saberá honrar o apelido de matador que dei a ele —
aposta.
Para o final do ano, os dois amigos já acertaram
uma programação de pescarias em Curitiba. Com a participação de José Antônio, pai de Tcheco, cuja casa virou abrigo para o paulista Marcel nos primeiros dias no Paraná.
Tcheco (E), aos 32 anos, é uma espécie de conselheiro de Marcel, 26 anos: dupla revive antiga parceria do Coritiba
Foto:
Ricardo Fernandes, Diario de Pernambuco