| 05/07/2008 16h55min
O Grêmio pós-Roger começa vida nova neste domingo, no Estádio Engenhão, no Rio. Às 18h10min, enfrenta um Botafogo desacreditado. Mas o que interessa mesmo é saber como o time vai reagir, agora com o veterano Rodrigo Mendes no lugar do ídolo Roger, que trocou o Olímpico pelo Catar e quebrou uma relação de cinco meses e meio. Não foi uma separação amigável.
Confira as escalações de Botafogo x Grêmio:
Enquanto isto, o time apresenta o esquema 3-6-1, com um meio-campo povoado e buscando a vitória nos contra-ataques. Já faria isso, mesmo com Roger. Acontece que Roth trata de repensar o Grêmio, aguardando reforços.
Até aqui, o time lutou com igualdade com Flamengo e Cruzeiro pela liderança do
Brasileirão. Mas o furacão que atingiu o Olímpico na sexta-feira pode causar um momentâneo desequilíbrio na equipe.
O problema é que a partir da rodada deste domingo, cada clube disputará dois jogos por semana. Assim, o Grêmio enfrentará oito adversários até que o socorro chegue. Só a partir de agosto o meio-campo ganhará maior qualidade, com os ingressos de Tcheco e Souza no setor.
Mesmo com esses problemas à vista, Celso Roth mantém-se otimista e com um suave sorriso nos lábios. Diz confiar no conjunto da equipe como resposta à perda de Roger. Apostará em um meio-campo fortalecido pelos ingressos de Rudnei e Rodrigo Mendes. O novo 3-6-1 deixará Perea na frente esperando pelos avanços de meias e laterais.
— Ninguém é insubstituível. O Roger tá fora? Tá fora. Então, vai um abraço e felicidades. Vamos reequilibrar o time de outra maneira — afirmou o técnico. — Não estávamos vencendo só por causa do Roger. Ele vinha sendo um jogador coletivo e
participativo, que se destacou em
alguns jogos por exercer funções, como a bola parada — acrescentou Roth.
A primeira formação do novo Grêmio poderá enfrentar ainda maiores dificuldades, pois, além da falta de Roger, Eduardo Costa, lesionado, e Léo, suspenso, também estarão fora — Pereira é dúvida para o jogo. Especialmente diante de um Botafogo à procura de recuperação no campeonato e com o técnico Geninho ameaçado.
— É claro que a experiência do nosso time vai diminuir. É mais um desafio porque o Grêmio é cobrado como se fosse um time que tivesse dois anos de conjunto. É o ônus que a gente paga pela boa campanha — queixou-se o técnico.
Confira vídeo com declarações de Roger, Odone e Roth:
Rodrigo Mendes (D) ao lado de Willian Magrão (E) durante treino realizado nesta semana
Foto:
Mauro Vieira