| 03/07/2008 16h20min
O inglês Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), pediu nesta quinta-feira às escuderias participantes do Mundial de Fórmula-1 para reduzir despesas de forma imediata, pois acha "insustentável" a situação atual.
Em carta enviada a todos os diretores de equipe, Mosley considera "inaceitável" que sejam contratadas até mil pessoas para uma escuderia com dois carros, e também que a Fórmula-1 continue usando gasolina para abastecer os bólidos mesmo com os problemas de energia atuais pelo mundo.
O líder da FIA também apontou que, sem a iniciativa Kers (Sistema de Recuperação de Energia Cinética, em português), alguns dos principais patrocinadores da Fórmula-1 já teriam começado a abandonar a categoria. No documento, Mosley convida as equipes a fazer propostas para mudar o regulamento atual por três diferentes razões.
A primeira delas é reduzir pela metade os custos das equipes construtoras de carros — como Ferrari ou
Renault — e também o das equipes
clientes — caso da Toro Rosso —, que participam da competição para ser viáveis economicamente, embora sem que isso repercuta no espetáculo esportivo.
A segunda intenção desta mudança é continuar o trabalho iniciado com o sistema Kers e tirar a maior quantidade de energia do menor combustível possível. Com isso, o presidente da FIA pretende ver uma queda de 50% no consumo de combustível em 2015 sem prejudicar os carros, por considerar que este avanço estimulará os fabricantes a pesquisar tecnologias a serem levadas aos carros de rua.
No terceiro pedido às equipes, Mosley solicita uma melhora na qualidade das corridas, incluindo regras que garantam o bom rendimento aerodinâmico dos carros. O dirigente advertiu ainda que quer propostas que tenham o apoio da maioria das equipes dentro dos próximos três meses. Se isso não ocorrer, a FIA ficará responsável pelo estabelecimento das novas regras para 2011.