| 02/07/2008 21h08min
O Grêmio espera uma liberação da prefeitura de Porto Alegre para as duas obras – a Arena em si e o que foi proposto para área do Olímpico – para dar prosseguimento ao projeto de construção do novo estádio, que será erguido no Bairro Humaitá, zona norte de Porto Alegre. Somente depois do sinal verde de todas as secretarias do município é que poderá ser assinado o contrato com o consórcio TBZ/OAS para a realização da obra.
A prefeitura ainda deve demorar cerca de 30 dias para fornecer ao Grêmio a resposta sobre se libera ou não as construções. Segundo Eduardo Antonini, integrante do Conselho de Administração do clube e um dos principais responsáveis pelo projeto arena, todo o cuidado está sendo tomado para que não exista risco de, ao longo do tempo, algum dos empreendimentos estar em desacordo com a legislação de Porto Alegre.
O projeto de remodelação do Estádio Beira-Rio enfrentou forte rejeição por parte dos membros do Conselho Municipal do Meio-Ambiente em um primeiro momento. A diretoria do Inter garantiu que irá inserir no projeto inicial algumas sugestões da entidade. No caso do Grêmio, Antonini disse achar que o clube não terá maiores problemas com isto:
– Nós, desde o primeiro momento, até na escolha da área, fizemos a avaliação do impacto ambiental que o projeto representa. Neste momento estamos sob avaliação da prefeitura, inclusive da secretaria do meio-ambiente. Até o momento, não houve nenhuma indicação de qualquer tipo de problema – garantiu o dirigente do Grêmio.
O prazo que o Grêmio deu ao consórcio responsável pela construção da Arena para que as empresas apresentem toda a documentação que o Grêmio necessita para viabilizar a obra se esgota no final do mês de julho.
No mês de abril, o jornal 24 horas, de Portugal, publicou que a TBZ estaria sendo investigada pelo Ministério Público do país europeu. Eduardo Antonini garante que o Grêmio tomou todo o cuidado para saber da veracidade destas informações:
– Como se trata de um projeto muito importante para o clube, além de uma parceria de 20 anos, é evidente que o Grêmio está tomando todos os cuidados necessários. O clube conta com apoio especializado neste sentido, no Brasil e em Portugal, para se acercar de todos os cuidados e oferecer ao Conselho Deliberativo todas as informações atualizadas sobre o contrato, questões inerentes ao projeto e até mesmo sobre as empresas participantes do consórcio.
No final do mês de julho, o presidente do Conselho Deliberativo do Grêmio, Raul Régis de Freitas Lima, deve convocar os conselheiros para analisar as minutas de contrato, as garantias apresentadas e autorizar o Grêmio a assinar o contrato:
– A partir da assinatura do contrato, nosso foco passará a ser a construção. Mas, para um projeto deste tamanho, temos que desenvolver uma série de projetos de engenharia, de arquitetura, que ainda estão na fase de esboço. Estes esboços que nós temos precisam virar projetos estruturais, projetos bem mais complexos, o que deve levar alguns meses – encerra Eduardo Antonini.
Em uma reunião no início desta semana, alguns conselheiros escolheram os nomes de Paulo Odone, Fábio Koff, Eduardo Antonini, Alexandre Grendene, Sérgio Pegoraro, Mauro Knijnik e Marcos Herrmann para fazer parte do Conselho de Administração da Grêmio Empreendimentos, que irá gerir a construção da Arena do clube. O Conselho Deliberativo do Grêmio terá que referendar estes nomes para que esta informação se torne oficial. Também passará por este referendo o estatuto da nova empresa.