Ricardo Mello mostrou mais uma vez porque é um dos poucos tenistas brasileiros que apresenta melhores resultados em quadras rápidas. Com a experiência de quem já havia disputado quatro partidas na grama, o brasileiro garantiu vaga na segunda rodada do qualifying de Wimbledon ao bater nesta segunda-feira o espanhol Adrian Menendez.

Mesmo diante de um tenista com ranking superior ao seu (Menendez é o número 181 do mundo), Mello não encontrou dificuldades, só cedendo dois games ao adversário e fechando a partida com parciais de 6/2 e 6/0. Se nunca havia vencido partidas na grama, o campineiro se mostrou pelo menos bem adaptado ao piso, e colecionou uma vitória que apaga a má notícia do dia – perdeu 20 posições no ranking de entradas, caindo para o 221º lugar.

Em Wimbledon, o brasileiro tenta disputar a chave principal pela segunda vez na carreira. Em 2003, se despediu logo na estréia, diante do britânico David Sherwood. Para conseguir furar o qualificatório, o número seis do país precisa vencer mais duas partidas, a primeira provavelmente contra o holandês Peter Wessels, cabeça 31 que estréia contra o austríaco Martin Fischer.

Dono do único título do Brasil em nível ATP desde Gustavo Kuerten, no Torneio de Delray Beach, em 2004, Mello costuma levar vantagem em quadras rápidas, diferentemente dos compatriotas. Além do caneco no piso duro norte-americano, ele já chegou à terceira rodada do Aberto da Austrália, na mesma temporada, no que é seu melhor resultado em Grand Slams.