Depois de se tornar o centro das atenções do Grande Prêmio do Canadá, Lewis Hamilton classificou como “ridícula” a regra que determina o fechamento dos boxes no primeiro momento em que a bandeira amarela é acionada. Pelo fato de não ter visto a luz vermelha na saída de seu primeiro pit stop, o inglês acertou a traseira de Kimi Raikkonen e acabou com a corrida dele e com a do finlandês.

A trapalhada aconteceu quando Hamilton liderava a prova de Montreal com tranqüilidade, o que o manteria na liderança do Mundial de Pilotos da Fórmula-1. Agora, ele divide a segunda posição com o brasileiro Felipe Massa e tem 38 pontos, quatro a menos que o novo líder da classificação geral, o polonês Robert Kubica. Para piorar a situação do inglês, em função do acidente foi determinada para ele uma punição de 10 posições no grid de largada para o Grande Prêmio da França, marcado para 22 de junho.

– Estamos perplexos porque isso aconteceu em um espaço de 30 segundos. Havia dois caras na minha frente (Raikkonen e Kubica) e de repente eles pararam – tentou argumentar o piloto, antes de criticar a determinação.

– Pessoalmente, penso que essa regra seja ridícula. Nós estamos na corrida, como podemos ver um sinal vermelho no fim do pit lane? Mas esta é a regra e eu a aceito – salientou.

Apesar da lamentação, Hamilton acredita que largar do pelotão do meio na etapa francesa causa mais motivação.

– Começo 10 lugares atrás na próxima corrida. Realmente é algo um pouco duro. Eu não quis arruinar a prova de ninguém e já perdi tudo. Mas isto me torna mais forte e mal posso esperar por Magny-Cours – comentou.

Otimista, o piloto inglês acredita que a força da McLaren o fará superar todas as dificuldades.

– O acidente não afetará minha autoconfiança, não estou desapontado. O fato é que nós destruímos todos neste fim de semana e, com o carro que temos agora, ninguém pode nos parar – salientou.