| 07/06/2008 14h36min
A russa Dinara Safina apontou a fadiga como o seu principal carrasco neste sábado. Derrotada na final de Roland Garros pela sérvia Ana Ivanovic por 6/4 e 6/3, a cabeça-de-chave número 13 reclamou de exaustão físico e mental, o que prejudicou uma atuação mais forte na briga pelo título do segundo Grand Slam da temporada.
– Acho que estava muito cansada, tanto física como psicologicamente – comentou Safina, que resistiu em quadra durante 1h38 neste sábado.
– Mesmo que eu tivesse a ambição de jogar mais, meu coração e meu corpo não podiam mais corresponder – completou.
A exaustão da russa tem explicação: ela precisou de duas viradas incríveis nesta semana para conseguir a classificação à decisão. Nas oitavas-de-final, ela salvou dois match points contra a compatriota Maria Sharapova, cabeça um, e faturou a vitória por 2 a 1, com 6/7 (6-8), 7/6 (7-5) e 6/2.
Nas quartas, ela vitimou a também moscovita Elena Dementieva, sétima favorita, depois de reverter um duplo match point contra. A irmã de Marat Safin mostrou mais uma vez uma excelente reação e venceu o jogo por 2 a 1 com direito a ‘pneu’ na terceira etapa: 4/6, 7/6 (7-5) e 6/0.
– Não tinha mais gás para queimar como naquelas duas partidas. Perdi muitas horas em quadra nos confrontos com a Maria e com a Elena, pois viradas como aquelas sempre consomem muita força física e mental – comentou a russa.
– Se eu estivesse um pouco mais fresca, a partida de hoje (sábado) poderia ter sido diferente – acrescentou.
Mesmo derrotada, Safina comemorou o bom momento que passou a viver nas últimas semanas. A moscovita teve um péssimo início de temporada, sofrendo quatro derrotas seguidas entre janeiro e fevereiro e amargando eliminações nas primeiras rodadas do Torneio de Sydney e do Aberto da Austrália. Mas a situação da russa mudou depois do título do Torneio de Berlim, em maio.
– Se alguém tivesse me falado há alguns meses que eu poderia ganhar um Tier 1 (torneio de segunda importância do circuito feminino) e chegaria à final de um Grand Slam, eu certamente acharia que era uma piada – brincou a tenista.
– Agora cheguei à decisão de Roland Garros, e quero incorporar toda a experiência que consegui e manter um nível forte de trabalho. Agora, acredito que tudo é possível. Quero ser perfeccionista e seguir em frente – concluiu.
GAZETA PRESS