| 02/05/2008 14h38min
Diz o ditado que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Para o Inter, neste Gauchão, caiu três vezes. As únicas três derrotas do time aconteceram nos três enfrentamentos com o Juventude. Na sua última entrevista coletiva antes da grande decisão de domingo, Abel Braga projetou a partida que pode lhe dar o seu primeiro título gaúcho.
— Este jogo é decisivo. Talvez o Inter ganhe exatamente aquele que tinha que ganhar. Mesmo com as duas derrotas na primeira fase, terminamos em primeiro do grupo e eles, em quarto. Agora somos os primeiros do geral, então está na hora do raio mudar de lugar. Vamos ver se muda — sorri.
Para que não haja tempestade no Beira-Rio domingo, Abel tem três reforços: a torcida, que lotará o Estádio Beira-Rio, o volante Guiñazu e o
meia Alex. Os dois jogadores treinaram forte debaixo de
chuva, nesta sexta, mas o técnico ainda faz mistério:
— A gente fica alegre. Contando com eles, a confiança aumenta. Só que não estão garantidos. Eles sentiram um pouquinho de dor, agora vamos esperar para ver a reação. Conversei com eles e eles foram sinceros: "Treinamos, mas existe uma dor". Ela pode ser suportável ou não. Isso a gente vê amanhã (sábado).
Abel garante que Alex, o grande destaque do time na temporada, não vai jogar "no sacrifício":
— Se ele não entrar naquela condição em que pode render tudo, e que eu também possa cobrar dele, então não vale a pena.
O reforço que vem das arquibancadas, no entanto, é garantido. Para o comandante colorado, não é preciso fazer nenhuma recomendação à torcida.
— A torcida amadureceu e joga com o time. A maior prova disso foi o jogo contra o Paraná, quando tomamos um gol no começo e parecia que a vaca tinha ido para o brejo, mas eles levantaram e
soltaram a voz. Isso empurrou a equipe. Essa identidade entre o campo e
a arquibancada já existe aqui no Beira-Rio e isso é muito bom para os jogadores — disse.
E para o caso de tomar mesmo um gol, será que Abel já pensou em uma estratégia?
— Não falei isso com os jogadores. Se tomar um gol, tenho que pensar é no meu coração. Vai ser um sofrimento...
No entanto, o Inter se prepara para ser atacado. Para o comandante colorado, tudo que o Juventude quer é surpreender no início:
— Vai ser um jogo aberto, já falei para os meus jogadores. Pela forma do Zetti trabalhar, ele não vai vir aqui para ficar se defendendo, esperando. O Juventude vem para tentar fazer o gol, é tudo que eles querem. E nós, de cara, temos que fazer dois. Se tomarmos um, teremos que fazer três.
> Mostre como você viu a final do
Gauchão 2008
Faça vídeos e fotos durante a decisão ou a festa
e compartilhe com os leitores