Vinda do Vietnã, a tocha olímpica chegou nesta quarta-feira a Hong Kong cercada de polêmica. A organização não-governamental Anistia Internacional (AI) acusou as autoridades do território chinês de não respeitarem a liberdade de expressão.

A ONG expressou sua preocupação com o fato de que a ex-colônia britânica tenha recusado a entrada no território de vários ativistas pró-direitos humanos sem explicar os motivos para essa postura.

A secretária permanente do Interior de Hong Kong, Carrie Yau, negou na terça-feira que as autoridades de imigração tivessem uma “lista negra” de ativistas para impedir sua entrada na cidade.

Pelo menos quatro pessoas foram impedidas de entrar em Hong Kong: três canadenses e um britânico, todos eles militantes pró-Tibete. Zhang Yu, secretário-geral da associação de escritores China Pen Centre, também foi barrado no aeroporto.

O secretário de segurança da ex-colônia, Ambrose Lee, já tinha avisado no fim de semana que não permitiria a entrada de separatistas tibetanos em Hong Kong nos dias que antecedem o revezamento da tocha.

A AI disse que as expulsões são uma medida para limitar as manifestações no território. A organização, organizará na sexta-feira uma atividade pública com o objetivo de possibilitar que os moradores da região expressem suas expectativas sobre o legado dos Jogos Olímpicos para os direitos humanos.