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 | 17/04/2008 07h50min

Salário seria maior empecilho para repatriar Tinga

Volante, sonho do centenário, ganha cerca de R$ 600 mil no Borussia Dortmund

Guilherme Fister  |  guilherme.fister@zerohora.com.br

É um sonho distante, mas Tinga pode ser o presente do Inter para a torcida no ano do centenário. O maior empecilho para repatriar o volante seria o alto salário — no Borussia Dortmund, ele recebe cerca de R$ 600 mil. Porém, o contrato com a equipe alemã termina em maio de 2009, pouco mais de um mês depois do aniversário do time gaúcho, em 4 de abril.

O jogador despista ao falar do assunto. Tem uma piada pronta que partilha com conhecidos e amigos.

— Como o Borussia vai fazer cem anos também em 2009, só preciso saber se jogarei um centenário aqui ou no Brasil — disse por telefone, na Alemanha.

Ontem, Tinga ficou de fora de sua primeira partida em toda a temporada. Estava suspenso e não entrou em campo na derrota para o Hannover (3 a 1) pelo Campeonato Alemão. Mas se no Nacional a equipe não vai bem, 13º lugar com 39 pontos, o Borussia está próximo de dar uma alegria à torcida. Enfrenta sábado o Bayern de Munique, dos brasileiros Lúcio, Zé Roberto e Breno, na decisão da Copa da Alemanha. O campeão ganha uma vaga na Copa da Uefa, competição que o Borussia não disputa há seis anos. O volante acha a situação atual semelhante a qual encontrou quando foi contratado pelo Inter, no início de 2005.

— O clube é um dos maiores da Alemanha, mas dentro de campo passa por um momento ruim. Da mesma maneira quando cheguei ao Inter, que o pessoal falava que não ganhava nada e hoje está acostumado a ganhar. Quero fazer isso no Borussia — explicou.

Tinga acredita que sua imagem ficou vinculada ao Inter justamente pela conquista do título da Libertadores. E mesmo de longe segue acompanhando o desempenho do time. Sempre que pode, conversa com Índio e Edinho pelo MSN. Sabe do bom momento que vive o meia Alex, tanto que avisou olheiros do Borussia, que estão em Curitiba, assistirem ao jogo do Inter contra o Paraná.

O vice de futebol Giovanni Luigi garante que nunca houve conversa alguma sobre a equipe do centenário. Está preocupado nas disputas do Gauchão e da Copa do Brasil, e lembrou que muitos atletas das categorias de base estão "pedindo passagem" no time titular. Sobre o retorno de Tinga, resumiu:

— Não vou dizer nem que sim e nem que não, mas, no momento, é totalmente inviável.

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