| 11/04/2008 17h19min
A tocha olímpica começou, nesta sexta, pelas mãos do velejador Carlos Espínola, seu percurso por Buenos Aires, a única cidade latino-americana incluída no trajeto rumo à Olimpíada de Pequim. Espínola, três vezes medalhista olímpico, substituiu o ex-jogador Diego Maradona, cogitado para abrir o revezamento, mas que, por motivos pessoais, se encontra no México.
Milhares de pessoas se amontoaram nas ruas do centro da cidade para acompanhar a passagem da tocha por um trajeto de cerca de 14 quilômetros. Sob um forte esquema de segurança, dezenas de manifestantes também se concentraram em pontos emblemáticos da cidade para protestar contra a realização dos Jogos Olímpicos na China. Porém, até o momento, não foram registrados incidentes significativos.
A chama iniciou seu percurso no bairro de Puerto Madero, após um espetáculo de dança e os discursos da vice-presidente do Comitê Olímpico Argentino, Alicia Morea, e do prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri. Depois de passar
pelas mãos de Espínola,
a tocha se revezou entre a ex-jogadora de paddle Cecilia Bacigalupo, a capitã da seleção argentina de hóquei sobre grama, Magdalena Aicega, e o técnico de vôlei Jon Uriarte.
Em seguida, o símbolo do espírito olímpico abandonou as ruas por alguns minutos e embarcou em uma canoa, seguindo pelo Rio da Prata nas mãos de atletas do remo argentino. Segundo os organizadores, a ex-tenista Gabriela Sabatini, prata nos Jogos de Seul (1988), é quem deverá conduzir a tocha até seu destino final na Argentina, o Clube Hípico. Antes disso, no entanto, o fogo passará pelas mãos do brasileiro Emanuel, ouro no vôlei de praia dos Jogos de Atenas (2004), ao lado de Ricardo.
A segurança da chama está sendo feita por 1,2 mil policiais, 1,5 mil agentes da Guarda Costeira e aproximadamente 3 mil voluntários. De acordo com o esquema montado, o tráfego nas ruas pelas quais a tocha passará vai ser interrompido por cerca de 10 minutos.
Mais de 80 mil pessoas de origem chinesa
vivem na Argentina, das quais cerca
de 60 mil vivem em Buenos Aires, segundo números oficiais. Por causa do evento, muitos estabelecimentos comerciais chineses fecharam para que seus proprietários e funcionários pudessem acompanhar a passagem do fogo olímpico.
Os protestos aconteceram antes do desfile da tocha (veja fotos).