| 10/04/2008 12h
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Jacques Rogge disse nesta quinta-feira que os protestos e a discussão política envolvendo o revezamentos da tocha projetam uma “crise” para o significado do evento máximo do esporte mundial.
Para resolver os problemas decorrentes da repressão da China ao Tibete, Rogge pediu que o país organizador das Olimpíadas de 2008 respeite o “engajamento moral” da causa, tentando garantir o cumprimento da liberdade de imprensa e dos direitos humanos.
O dirigente afastou os rumores que o revezamento global da tocha olímpica pudesse ser cancelado ou encurtado por causas dos protestos. Nesta quinta-feira, a chama chega a Buenos Aires, na Argentina, proveniente de San Francisco.
– Estamos estudando com os organizadores dos Jogos para melhorar o revezamento da tocha, mas não há cenário para interromper e levá-la diretamente para Pequim – afirmou Rogge.
Ele ainda expressou alívio pela passagem da tocha em San Francisco ter se dado sem grandes incidentes. Porém, para evitar problemas a polícia local decidiu reduzir pela metade o percurso.
– Não foi, contudo, a alegre festa que desejávamos que fosse. Atletas em muitos países estão confusos e precisamos tranqüilizá-los. Nossa maior responsabilidade é oferecer o evento que eles merecem. Temos 120 dias para atingir isto – afirmou.
As confusões durante a passagem da tocha olímpica, que atingiram seu ponto alto em Londres e Paris, e o crescimento da crítica internacional à política da China no Tibete colocaram os Jogos de Pequim entre os mais discutidos da história recente e apresentaram duros testes ao COI.
– É uma crise, não há dúvida quanto a isto. Mas o COI já contornou várias tempestades – finalizou Rogge.
GAZETA PRESS
Presidente do COI, Jacques Rogge (E) se reuniu com o primeiro-ministro da China Wen Jiabao
Foto:
Huang Jinwen, Xinhua