| 09/04/2008 15h19min
O diretor técnico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinícius Freire, não vê com maus olhos um possível cancelamento do revezamento da tocha olímpica em função dos protestos que vêm ocorrendo contra a China. Manifestações e atentados contra a tocha foram realizadas em cidades como Istambul, Londres e Paris e devem se repetir nesta quarta-feira em San Franciso.
– Acho que não seria um problema. Seria mais fácil e não se perderia muito. Foi muito lindo quando a tocha de Atenas 2004 passou pelo Rio de Janeiro, um dia que entrou para a história da cidade, mas é melhor que não se tenha um dia com tanta brutalidade como foi visto em outras cidades. Nós estamos tentando separar o movimento político do esportivo – argumentou.
Marcus Vinícius foi medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei nos Jogos de Los Angeles em 1984, que foram marcados pelo boicote de alguns países, assim como já havia ocorrido na edição de 1980, em Moscou, dos quais também participou.
– Fui atleta por mais de 20 anos, por isso penso que a maior preocupação é que os atletas não se percam com isto. Tenho a impressão de que estão utilizando a tocha de uma maneira que nos afeta, as delegações e os atletas. Os manifestantes estão usando a imprensa, estão cercando a tocha dos Jogos, utilizando o momento para se expressar. Estão se aproveitando de uma arma, de ferramentas que estão ao alcance das mãos – concluiu o dirigente.
EFE