| 07/04/2008 15h22min
A seleção brasileira vai a Pequim com o único objetivo de vencer as Olimpíadas e levar para casa o troféu que ainda nos falta. Mas isso não quer dizer que Dunga vai escalar jogadores do calibre de Kaká ou Ronaldinho, como o próprio treinador explicou no programa televisivo La Politica nel Pallone, da emissora italiana Rai.
— Sobre Kaká nas Olimpíadas, não decidimos ainda, mas esperamos ampla colaboração dos clubes aos quais pertencem os jogadores que vamos escolher além da cota. Ainda vamos ver como completar o elenco. Se eu chamo jogadores com mais de 23 anos, eles devem fazer a diferença — afirmou Dunga, de olho no ouro olímpico, mas com cautela.
— Temos que armar um time com jogadores dentro da idade e, depois, entender onde estão as carências. O mesmo discurso de Kaká vale para Ronaldinho: não sei se o Barcelona deixará escapar um campeão do gênero — diz o treinador e ex-jogador da seleção brasileira.
E Amauri? Entrevistado na Itália, Dunga
teve que responder, inevitavelmente, a
questões sobre o artilheiro do Palermo, que continua não sendo convocado para atuar na seleção. O atacante de 27 anos está até pensando em se oferecer à Itália, em vistas da emissão de sua cidadania.
— Amauri é um jogador que acompanhamos, mas, como eu já disse, quando devo convocar alguém vejo o seu currículo, se jogou nas categorias de base, há quantos anos está no futebol, quantos gols já fez. O Brasil sempre tem muitos craques, como Pato, Adriano, Luis Fabiano... a concorrência é muito dura e é preciso estar sempre em forma e fazer gols. Por Amauri, ninguém pode dar garantias — explicou Dunga.
Dunga também falou sobre Pato e Adriano. Em sua opinião, o atacante do São Paulo "está no caminho certo e está voltando à boa forma física".
— O São Paulo não está tão bem, mas ele faz a diferença, reencontrou sua confiança e a vontade de jogar futebol.
— Pato é como Romário e Ronaldo. Sabe ver o gol e está sempre pronto. No Milan,
ficou mais combativo. Na seleção, esperou sua
oportunidade e depois mostrou o que sabe fazer. Mas não precisamos colocar tanta pressão nas suas costas. Pato deve crescer de maneira natural — concluiu Dunga.