| 24/03/2008 08h24min
A tocha olímpica que iluminará os Jogos Olímpicos de Pequim foi acesa hoje em cerimônia em Olímpia, na Grécia, e iniciou seu caminho para o estádio olímpico da capital chinesa, onde chegará em 8 de agosto.
No local arqueológico de Olímpia, berço natal dos Jogos há 2.800 anos, 22 mulheres vestidas com túnicas brancas - como sacerdotisas - entraram nas ruínas do templo de Hera ao compasso dos tambores. A tocha foi acessa a partir dos raios de sol, com a ajuda de um espelho côncavo.
Pouco antes de acender a tocha, três manifestantes contrários aos Jogos de Pequim conseguiram colocar um cartaz durante o discurso do presidente do comitê organizador dos Jogos chinês, Lui Qi. O cartaz pedia o boicote aos Jogos devido à repressão policial chinesa no Tibete.
Os organizadores gregos tinham colocado medidas de segurança sem precedentes no local arqueológico e no povoado da Antiga Olímpia, devido ao temor de incidentes ou protestos contra a China.
Em seu discurso, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, expressou sua esperança de que o simbolismo da tocha seja reconhecido no mundo todo.
– A tocha une os atletas aos cidadãos do mundo, e tem a força de unir a humanidade e representar a harmonia. Ao longo da rota, as pessoas estarão em contato com sua força e os valores que representa – disse.
Sobre as especulações sobre um boicote olímpico devido à violência no Tibete, Rogge, disse antes que não existe momento para isso, já que a maior parte dos líderes políticos não apóia a postura.
– A maioria dos líderes políticos não deseja o boicote aos Jogos. Já disseram isso Bush, Sarkozy e Brown, entre outros – disse Rogge.
O presidente do COI se referia ao presidente americano, George W. Bush, ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e ao primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
AGÊNCIA EFE