| 16/03/2008 15h47min
A Anistia Internacional (AI) pediu ao governo chinês, neste domingo, que autorize uma investigação independente a cargo da ONU sobre os sangrentos conflitos dos últimos dias no Tibete, em que pelo menos 80 pessoas morreram.
— A situação também merece a atenção do Conselho de Direitos Humanos em sua atual sessão —, manifestou em nota a AI, sobre a repressão dos protestos tibetanos pelas autoridades chinesas.
Para a entidade, a China deve responder com "máxima contenção" aos protestos dos tibetanos, e informar sobre todas as pessoas que foram detidas na capital Lhasa e em outras regiões do Tibete na semana passada.
A AI ainda exige que a China liberte todos os detidos por "expressar pacificamente suas opiniões e exercer sua liberdade de expressão, associação e reunião".
— As autoridades chinesas devem atender as velhas queixas do povo tibetano e revisar uma política de longo prazo que gerou tamanho ressentimento — disse a diretora
da Anistia Internacional para Ásia-Pacífico,
Catherine Baber.
Segundo a AI, os tibetanos se queixam de serem excluídos do desenvolvimento econômico da China, e denunciam as restrições impostas a suas práticas religiosas. Também reclamam do enfraquecimento de sua cultura e sua identidade étnica pelas medidas políticas impostas por Pequim.