| 12/03/2008 10h16min
Aos 25 anos, Daiane dos Santos corre contra o tempo para ter chances de sonhar com sua primeira medalha olímpica nos Jogos de Pequim. Após ter ficado quatro meses praticamente parada por conta de uma lesão no pé direito, a gaúcha adotou uma rotina de 12 horas de preparação, que inclui treinamentos, fisioterapia, massagens, musculação e, desde o final de janeiro, pilates (método de exercícios para a flexibilização dos músculos).
— É um projeto que a gente (a ginasta e a comissão técnica da Confederação Brasileira de Ginástica) está fazendo para que eu tenha um desempenho melhor no ginásio. É uma coisa legal para a minha postura, para a minha respiração. Já estou sentindo a diferença — explicou Daiane, de Curitiba, ao site Globoesporte.com.
A dedicação e a força de vontade da gaúcha escondem o sacrifício de uma atleta que largou até a faculdade de Educação Física para se concentrar nos treinos e agüentar o ritmo puxado até agosto, quando serão realizados os Jogos de
Pequim.
— Começo às
8h e, às vezes, só paro depois das 20h30min. Acho que vai valer a pena. Tenho que dar o máximo de mim agora. Tenho cinco meses para a competição acontecer. Nas duas primeiras semanas, foi muito difícil, mas já estou acostumada — garante.
Música para solo em Pequim ainda é mistério
Daiane já deixou claro que quer uma nova música para a série de solo que apresentará na China. No entanto, dois meses após retomar os treinamentos, a ginasta garante que ainda não decidiu qual será a canção escolhida.
— A gente está discutindo se vai trocar ou não a música. Está complicado de achar, mas estamos procurando. Mas não deve acontecer nada agora, porque primeiro vamos para a etapa de Cottbus da Copa do Mundo (entre os dias 11 e 13 de abril). Se houver alguma mudança, vai ser depois.
Daiane disputou as Olimpíadas de Atenas, em 2004, ao som de "Brasileirinho", composição de Waldir Azevedo. Depois, escolheu como tema
"País Tropical", de Jorge Benjor.