| 04/03/2008 09h01min
O corpo do gaúcho Rodrigo Salvá, o Chimbica, que morreu afogado em Mokuleia, no Havaí, deve chegar em Porto Alegre até o final de semana para o sepultamento. Essa é a estimativa da família do surfista. Chimbica, que tinha 33 anos, teve um ataque epilético enquanto surfava e se afogou na última quarta-feira.
A irmã dele, Cássia Andréa Salvá, disse que a família está recebendo ajuda com as despesas com o traslado que chegam a R$ 12 mil. O corpo do surfista deverá ser sepultado no Cemitério da Santa Casa, em Porto Alegre.
– Estamos batalhando e muitas pessoas estão nos ajudando. Por enquanto foi feito apenas o embalsamento, mas está tudo encaminhado. A gente só precisa esperar os trâmites burocráticos para liberar o corpo. Acredito que até o final de semana ele já deve estar em Porto Alegre para o sepultamento – disse ela, destacando o apoio da Federação Gaúcha de Surf e do deputado estadual Sandro Boka (PMDB).
Chimbica, como era conhecido Salvá, começou a surfar quando tinha apenas nove anos, em Tramandaí. Entre 1980 e 1990, ganhou campeonatos amadores no Litoral Norte. Em 1994, o surfista construiu uma casa na Praia do Rosa, Santa Catarina.
Salvá enfrentava problemas de saúde desde 2000, quando passou por uma cirurgia para retirar um tumor benigno na cabeça. Em seguida, teve uma infecção hospitalar que o obrigou a fazer uma nova operação para retirar parte do crânio. Oito meses depois, passou por outra operação para a colocar uma placa craniana.
O gaúcho estava no Havaí desde março do ano passado, quando deixou sua microempresa de personalização de cuias sob os cuidados da família. Na ilha havaiana, ele se sustentava fazendo bicos, entregando pizzas e conduzindo máquinas em obras.