Guilherme Lacerda e Franklin Roger Pereira, suspeitos de envolvimento na explosão de uma bomba no Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma (SC), vão passar por acareação nesta tarde de quinta-feira. Segundo o delegado André Milanese, a partir das 15h, eles ficarão frente a frente no depoimento à polícia para que as versões sejam confrontadas.

Guilherme e Franklin, torcedores do Avaí, foram transferidos nessa quarta-feira à noite para o Presídio Santa Augusta, em Criciúma, região Sul de Santa Catarina. A pedido do delegado Milanese, eles foram colocados em celas separadas para evitar intimidação.

Depoimentos de torcedores à polícia apontam que Guilherme teria entregue a bomba a Franklin, que entrou com o explosivo no estádio no jogo do último domingo, entre Avaí e Criciúma. Dentro do estádio, a bomba teria sido repassada a Juliano Marinho de França, 22 anos, que teria lançado contra a torcida do Criciúma. A explosão ocorreu na mão de um torcedor do Tigre, que precisou ter a mão direita amputada.

Franklin foi preso nessa terça-feira no local do trabalho, em Florianópolis. Ele confessou à polícia que entrou com a bomba no estádio. Juliano, que nega qualquer envolvimento no caso, é soldado e está detido desde terça-feira no quartel do Exército, na capital catarinense. Ele deve ter baixa no serviço militar nesta sexta-feira e também ser transferido para o Presídio de Santa Augusta. Guilherme, que também nega ter participado do caso, se apresentou com os advogados nessa quarta-feira na Delegacia de Investigações Criminais, em Florianópolis.

O advogado de defesa de Guilherme disse que vai apresentar, nesta tarde, documentos que comprovam a inocência do seu cliente.

O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, Ronaldo Benedet, convocou uma coletiva de imprensa nesta manhã. Ele afirmou que vai apurar a conduta da polícia no Estádio Heriberto Hülse. Alguns torcedores reclamaram da violência de policiais no tumulto.